POLÍCIA

Mulheres são agredidas por delegado após revista

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Em uma fiscalização feita em bares da cidade de Manaus, foi relatado que em uma delas, mulheres teriam sofridos agressões físicas por parte do delegado Thomaz Vasconcellos.

As agressões teriam ocorrido após uma revista nos frequentadores do bar Boemia, no centro de Manaus. Uma das jovens agredidas Tamires Melo relatou em seu perfil do Instagram todo o ocorrido.

Segundo o relato de Tamires por volta das 23h, adentraram ao bar para terminarem de consumir suas bebidas no segundo andar do bar, quando chegaram policiais e realizaram a abordagem aos frequentadores do local, as mulheres foram levadas para uma sala onde foram revistadas por uma policial feminina, “um grupo de cerca de 15 pessoas (não conhecíamos a maioria), mandou todos se abaixarem e colocarem as mãos na cabeça. Disseram irem revistar todos e começaram a fazer as revistas e liberar as pessoas para descerem.”

As mulheres foram liberadas após serem revistadas: “No final, ficamos eu, minha irmã,  minha amiga Lorena e outra amiga, eles chamaram uma policial para nos revistar, a mesma fez isso e não encontrou nada. Foi quando o policial falou que iria revistar a sala antes de nos liberar.” Na revista a sala foi encontrada uma bolsa jogada atrás de uma estrutura de madeira, e foram indagadas sobre a bolsa, as jovens disseram que a mesma não as pertencia, todas elas já haviam sido revistadas e estavam com suas bolsas em mãos, nesse momento o delegado responsável chegou no local onde estavam as jovens, “começou a gritar e xingar a gente, ele chamou a minha amiga Lorena para o corredor e a acusou de traficar drogas, queria que ela assumisse que estava traficando, a minha amiga negou e falou que era inclusive  a primeira vez dela naquele lugar, foi quando ele foi dar um, tapa na cara dela, contudo ela desviou e ele bateu no compensado.

Ela virou de costas para voltar para os outros policiais e o delegado deu uma tapa nas costas dela.” (veja imagem da moça nas fotos a baixo). A jovem agredida retornou para a sala da revista chorando e o delegado foi atrás da mesma e continuo a intimida-la verbalmente, nesse momento que pediu para fotografarem as jovens “tirem uma foto das meliantes” fala do delegado, Tamires argumentou que não poderiam fotografá-las, no mesmo instante ele a puxou e desferiu o primeiro tapa na jovem que relatou “que me fez bater a cabeça na parede de tão forte”. (imagens a baixo)

Foto: Divulgação

Após a primeira agressão Tamires questionou o delegado e perguntou se “ele estava ficando doido”, nesse momento ele desferiu mais dois tapas no rosto da jovem. Em seguida a agressão a irmã de Tamires se intrometeu e começou a gritar dizendo que queria ir pra delegacia. 

O delegado ficou no meio da passagem, impedido que as mesmas descessem e saíssem do local, foi quando Tamires foi em direção onde os Policiais Militares  que também estavam na ação, e solicitou que eles as levassem para a delegacia onde queriam registrar Boletim de Ocorrência (B.O) contra a ação do delegado, “os mesmos não fizeram nada pra ajudar em nenhum momento, inclusive falaram para as meninas que por serem policiais militares e o Delegado ser da polícia civil não poderiam se meter enquanto ele me agredia” disse Tamires em seu relato em seu perfil.

Após muito insistir os policiais as levaram a delegacia duas em cada carro, os policiais no percurso até a delegacia falaram que era para terem resolvido tudo no local que não teria necessidade de irem para a delegacia. Na delegacia, primeiramente não queriam fazer o B.O. e depois tentaram induzir as mesmas a assumir que a droga encontrada no local seria delas para poderem narrar a agressão sofrida.  

As advogadas não permitiram que elas assumissem a posse da droga, e após esperarem cerca de 5h na delegacia conseguiram ser ouvidas e foram encaminhadas para fazerem o exame de o corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) para comprovarem as agressões sofridas. Na segunda-feira (28) se dirigiram a corregedoria onde foram ouvidas e formalizam a denúncia de agressão.

Não é a primeira vez que o nome do delegado Thomaz Vasconcellos vem a público ele faz parte do “Quinteto Fantástico”. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) conseguiu, por meio de Recurso Especial junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), reformar a decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM), que vinha mantendo no cargo de delegado de Polícia Civil os cinco candidatos, reprovados no concurso de 2009, que foram empossados irregularmente e tiveram suas nomeações anuladas por meio de decreto do Governo, em 2012.

O MP-AM chegou a apresentar embargos de declaração contra a decisão, mas não obteve provimento no TJ-AM. O MP-AM entrou, então, com Recurso Especial junto ao STJ, que foi atendido em abril de 2016, mantendo a validade do decreto que anulou a nomeação dos cinco candidatos.

Desde então, o grupo vinha tentando reverter a decisão do STJ por meio de recursos e embargos. Em sessão realizada no dia 7 de fevereiro de 2018, por unanimidade, a Corte Especial negou provimento ao agravo interposto pelos cinco candidatos, e, agora, o MP-AM aguarda o cumprimento, pelo governo do Amazonas, da decisão do STJ.

Se o afastamento já tivesse ocorrido o delegado Thomaz Vasconcellos não teria, agora se envolve em uma suposta agressão a mulheres após a uma revista.

Esperamos que os fatos sejam investigados e as devidas medidas sejam adotadas de forma satisfatória para todos os envolvidos. E deixamos em aberto o espaço para posicionamento dos mesmos.

Fonte: Laranjeiras news

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