POLÍTICA

CPI da Covid: Fausto Jr. e Carla Zambelli revelam informações sobre irregularidades no AM

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O deputado estadual Fausto Jr. (MDB-AM) e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-AM) fizeram uma live na quarta-feira (30) para expor alguns assuntos que o parlamentar amazonense não pode falar no depoimento à CPI da Covid, na última terça-feira (29). A live foi transmitida nas redes sociais de Carla Zambelli e Fausto J.r e alcançou mais de um milhão de visualizações até a tarde desta quinta-feira (1º).

No vídeo, Fausto explicou como funcionavam os contratos indenizatórios no Amazonas, pagos nas gestões de 2011 a 2020, por cinco governadores. A prática, considerada uma porta aberta para a corrupção, começou no governo de Omar Aziz, em 2011, e se estendeu até 2020, na gestão de Wilson Lima.

Em nove anos de contratos com suspeita de fraudes, foram pagos R$ 1,5 bilhão.

Durante a live, foi dito que o dinheiro que poderia ser usado na melhoria dos serviços de Saúde na capital e interior do Estado, foi envolvido num esquema de corrupção que deu origem à operação Maus Caminhos, da Polícia Federal.

“Nos contratos indenizatórios não há fiscalização quanto à quantidade e qualidade dos serviços e produtos oferecidos ao Estado”, explicou Fausto Jr. “As empresas não participam de licitação e cobram o preço que quiserem. O governo simplesmente paga, sem reclamar”, denunciou o deputado.

Fausto disse à Carla Zambelli que foi graças à CPI da Saúde, que revelou o esquema criminoso dentro da Secretaria de Saúde, que o governo do Estado cancelou os contratos indenizatórios. “Sem as denúncias da CPI, o esquema criminoso continuaria acontecendo”, destacou.

O deputado deu também detalhes do aluguel superfaturado do Hospital de Campanha Nilton Lins, que foi locado pelo Governo do Amazonas enquanto o Hospital Delphina Aziz permanecia com 50% dos leitos vazios.

Fausto revelou nomes, valores e esquemas criminosos envolvendo a Secretaria de Saúde do Amazonas (antiga Susam). O relator da CPI da Saúde falou também sobre a falta de médicos, leitos, remédios e aparelhos usados no tratamento de pacientes com o coronavírus, que levou à morte mais de 12.800 pessoas no Amazonas.

Fonte: D24am

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