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Família pede R$ 100 mil por troca de corpo, em Manaus

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Família pede indenização de R$ 100 mil do governo do Estado após troca de corpo de vítima de Covid-19 no Amazonas. O fato ocorreu em setembro do ano passado no Hospital Delphina Aziz quando a unidade liberou o corpo de um homem com mesmo nome para outra família.

Gilberto Pinheiro trabalhava no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Campos Salles e na Fundação Cecon e foi contaminado pelo coronavírus no trabalho. Ele faleceu em decorrência da Covid-19 em 27 de setembro do ano passado.

No processo, a servidora pública Valdilene a Silva narra que o erro do hospital causou danos emocionais aos familiares. “A requerente juntamente com seus familiares dirigiu-se até o hospital para iniciar os trâmites para liberação do corpo para sepultamento. Por volta das 7h, os familiares conseguiram falar com funcionários do hospital para seguir o processo de liberação do corpo junto à funerária, no entanto, a informação repassada era de que não tinha maqueiro no momento ou que ele estava em outra ocorrência e que ‘eles iriam ter que esperar, pois o falecido era só mais um que morreu de Covid e não era prioridade para o hospital’ depois de horas aguardando uma resposta, uma assistente social junto com uma psicóloga chamou os familiares para informar que “uma pessoa de outra família que o paciente também se chamava Gilberto, chegou e retirou o corpo”.

Na ação é citado que a irmã da vítima “entrou em desespero, desmaiou, precisou ser amparada pelo seu filho mais novo, sua nora e sua irmã que estavam no momento, em nenhum momento o hospital prestou qualquer auxílio para uma mãe que recebia a notícia de que o corpo de seu filho havia sido entregue à outra família”.

Em outro item da ação, é informado que a Secretaria de Estado de Saúde foi negligente com o caso. “O requerido em nenhum momento se posicionou na tentativa de localizar o corpo do filho da requerente, a família precisou recorrer à tutela jurisdicional para ter o corpo de seu ente querido encontrado”.

Na época, a secretaria emitiu nota oficial informando que “aguarda apenas notificação oficial da Justiça para realizar a exumação do corpo do enfermeiro Gilberto Pinheiro da Silva, morto por Covid-19 no Hospital Delphina Aziz e entregue aos familiares de outro paciente de mesmo nome, por equivoco da unidade, administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano (INDSH). Ainda no domingo a direção da unidade, após identificar a troca, atuou para a resolução do caso, tratando a questão com as duas famílias envolvidas, segundo o governo”.

Após uma semana em 1º de outubro de 2020, o corpo de Gilberto foi encontrado e exumado, posteriormente encaminhado à Perícia Técnica do IML e só então entregue à família.

Fonte: D24am

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