NACIONAL

Marcelaine e Jordana, irresistivelmente belas e perigosas

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Não pensei que iria irritar tanta gente com a coluna de ontem  – Não apontem o dedo para Jordana – nem que leitores relembrassem um caso de 2016, onde duas socialites, bem casadas, brigavam pelo amor de outro homem. E, ao contrário de agora, os maridos eram pessoas boas e complacentes. Não pareciam atingidos pelo ódio que as duas mulheres espalhavam, a ponto de uma delas. — Marcelaine Schumann –  encomendar a morte da rival.

Ninguém foi assassinado. O único que morreu, de tristeza, vergonha e dor, foi o marido da mandante de um  crime que não chegou a ser consumado.

Marcelaine acabou condenada a 7 anos de prisão num julgamento no qual admitiu a tentativa de homicídio.

Nas primeiras semanas em que Marcelaine foi mantida presa, o marido a acompanhou, altivo, mas com uma tristeza que mais tarde produziria a enfermidade que o matou.

Paixão assim, que se mantém na tortura e na vergonha, na  desumana exposição pública, expiando por pecados que não eram dele,  torturado pelas piadas daqueles que se diziam amigos,  eu nunca vi…

E agora? Os leitores indagaram se eu sabia – pois estava neste site – que a polícia suspeitava que Jordana, ao ser desmascarada pelo marido e admitir que mantinha um caso com o sargento Lucas Guimarães, resolveu se aliar ao esposo, em nome da família, para planejar  a morte do homem que dizia amar.

Que resposta dar ? Sim e não são apenas sinais, não respostas para o que todos leram. Sim e não são palavras que também complementam nossas dúvidas, nosso doentio interesse por casos  como este.  E, de certa forma expõem  um dilema: até onde poderíamos ir ?

Seriamos passivos como o marido de Marcelaine Schumann ? Agressivos como Marcelaine e Jordana Freire?  Arquitetaríamos  uma vingança feroz e mortal, como Joabson Gomes fez ?

São experiências com  as quais poderemos nos deparar um dia e para as quais devemos estar preparados, com o pé no freio .

Porque não somos diferentes. Temos desejos, paixões e misturamos tudo quando estamos ameaçados.

Nosso sentimento de propriedade vai além da casa, do carro, do terreno da esquina. Nossa posse está no outro ou na outra. E nem de nós mesmos somos donos…   Mas temos o dever de estar atentos, não aos nossos fracassos e traições. Atentos para não ultrapassar a fronteira  que separa a consciência  de nossa natureza humana e coletiva  da demência total.

Fonte: holanda

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