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Lésbicas e ativistas do movimento LGBT são condenadas à morte no Irã

Em janeiro, as ativistas foram acusadas de “espalhar a corrupção na Terra” por “promover a homossexualidade”.

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Duas lésbicas e ativistas em defesa dos direitos da população LGBTQIA+ foram condenadas à morte no Irã pelo Tribunal Revolucionário de Urmia. A informação foi divulgada na segunda-feira (5/9) pela organização de direitos humanos Hengaw.

Zahra Sediqi Hamedani, conhecida como “Sareh”, de 31 anos, e Elham Chubdar, de 24 anos, estão detidas no presídio de Urmia.

Em janeiro, o Ministério Público de Urmia acusou Zahra e Elham de “corrupção na Terra” por “promover a homossexualidade”, “promover o cristianismo” e “comunicar-se com a mídia que se opõe à República Islâmica”.

Zahra foi presa em 27 de outubro de 2021, pelo Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, enquanto tentava fugir do país em direção à Turquia.

Segundo a organização dos direitos humanos, Zahra Sediqi Hamedani não pode ter acesso a um advogado durante sua detenção “e os agentes de segurança a ameaçaram com sua execução e privação da custódia de seus dois filhos, além de assédio verbal e insultos à sua identidade e aparência.”

Além de Zahra e Elham, Soheila Ashrafi, de 52 anos, está presa e enfrenta as mesmas acusações. Entretanto, a sua sentença ainda não foi proferida.

Comunidade marginalizada

O Irã é um dos 68 países onde as relações homossexuais são criminalizadas, segundo a Human Rights Watch (HRW). “(A) comunidade LGBTQ é uma das mais marginalizadas do Irã, enfrenta vários níveis de discriminação e ódio. O mais óbvio é por lei, mas também há muita homofobia na sociedade, dependendo de onde você está e de qual demografia você pertencer. A família, às vezes pode ser o lugar mais perigoso“, Tara Sepehri Far, pesquisadora na HRW.

Fonte: Metrópoles

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