POLÍTICA

Programa para baratear carros será “temporário”, diz Haddad

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Foto: Diogo Zacarias/Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (26/5), que as medidas de estímulo ao setor automotivo, como a redução de parte dos tributos federais nos carros de entrada, são ações “temporárias”.

Em entrevista à GloboNews em São Paulo, Haddad afirmou que o plano foi encabeçado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente, Geraldo Alckmin, e que a Fazenda trabalha agora nos cálculos sobre o custo do programa e duração.

O ministro chegou a ventilar que as medidas seriam somente para este ano, enquanto não se inicia um ciclo de baixa de juros, mas disse que a Fazenda ainda anunciará os detalhes. Segundo Haddad, a equipe ainda analisa “quantos meses [o programa] vai durar”.

“É um projeto curto no tempo, este ano, para acomodar essa transição de falta de crédito e pátios lotados”, afirmou Haddad. “Não é um programa de longo prazo. É um programa de alguns meses neste ano.”

Anúncio de detalhes na semana que vem

O desejo do Planalto era apresentar os detalhes de impacto do plano no Dia da Indústria, na quinta-feira (25/5), mas os estudos não foram concluídos em tempo.

“Estamos fazendo as contas — era para ter feito até 25 de maio, o Dia da Indústria, mas não foi possível”, disse Haddad.

Mesmo sem os detalhes definidos, o governo anunciou na quinta-feira que haverá um desconto em impostos para veículos de até R$ 120 mil.

Com redução em tributos federais como IPI e PIS/Cofins, a estimativa é baratear o preço dos carros de entrada em até 10,96%. A expectativa é que o preço mais baixo dos veículos populares, hoje em torno de R$ 70 mil, diminua para aproximadamente R$ 60 mil.

Haddad disse que recebeu do presidente Lula um prazo até 15 dias para formular os cálculos. O ministro disse que a Fazenda “não quer usar” todo o tempo disponível e deve fazer um anúncio já na semana que vem.

Além de carros de entrada, Haddad afirmou que o programa beneficiará caminhões, que hoje têm “mais tecnologia embarcada” para reduzir emissões, segundo o ministro, mas têm tido demanda fraca.

O ministro disse também que 70% dos veículos no Brasil têm sido comprados à vista, de modo que uma melhora no cenário de crédito ajudaria a equilibrar parte da demanda. “Tenho certeza que vamos retomar os financiamentos com o ciclo de queda na taxa de juros”, afirmou. O governo tem criticado a taxa Selic mantida em 13,75% pelo Banco Central e pressiona pelo início dos cortes na taxa de juros.

Fonte: Metrópoles

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