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Conheça cidades da Europa que pagam até R$ 400 mil para novos moradores

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Foto: Rodrigo Largman / Agência O Globo

Itália, Suíça, Grécia, Irlanda e Espanha. Esses são alguns dos países que estão criando políticas municipais para atrair novos moradores. Cidades isoladas, pequenos vilarejos e ilhas quase desertas, que precisam desesperadamente aumentar sua população, chegam a oferecer subsídios de até R$ 440 mil, com o objetivo de rever os baixos índices populacionais e o envelhecimento dos atuais residentes.

Os salários são a alternativa encontrada pelos governos europeus para tentar conter a redução da população dessas cidades. Muitas regiões da Europa enfrentam populações envelhecidas à medida que os jovens se mudam para outras cidades ou optam por não ter filhos.

O abandono em busca de novas experiências, em locais mais badalados e movimentados, tem acontecido não apenas nas áreas mais rurais, mas também em grandes vilas e até cidades médias.

As ofertas, apesar de tentadoras, vêm com condições e dificuldades. Uma das mais comuns é a preferência por famílias com filhos, ou pessoas que planejam ter filhos quando se estabelecerem. Além disso, alguns contratos exigem uma garantia de que o novo morador pretende permanecer por bastante tempo e, em outros casos, pede que a residência escolhida pela família seja totalmente reformada.

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Além disso, os anúncios de programas deste tipo podem induzir à falsa ideia de que, junto do pagamento, estarão garantias ou políticas que auxiliem na imigração. A permanência de estrangeiros nos países é, na verdade, um assunto dos governos federais e não municipais.

Esse é um dos pontos que pode representar um obstáculo para estrangeiros que desejam se candidatar a programas do tipo. Além disso, pelo tamanho reduzido dos municípios, pode haver dificuldades nas questões linguísticas, problemas de abastecimento e disponibilidade imediata de mão de obra.

 Foto: Luciana Froes / Agência O Globo

Itália

A Itália é a segunda nação mais envelhecida do mundo, atrás apenas do Japão. Entre 1861 e 2022, as pessoas com mais de 65 anos passaram de 4,2% para 23,8% do país, aponta um estudo do Instituto Nacional de Estatística (Istat). Já os jovens com menos de 15 anos diminuíram de 34,2% para 12,7%, o que evidencia uma tendência acentuada para a redução da população italiana. No total, são 187,9 idosos com mais de 65 anos para cada 100 jovens com menos de 15.

Outras partes da Itália estão usando propostas semelhantes para atrair uma nova população. Na região da Calábria, novos moradores ganham cerca de € 28 mil (R$ 153 mil) cada.

Já na vila de Santo Stefano di Sessanio, é oferecido um valor de até € 50 mil (R$ 270 mil) em subsídios para quem se mudasse e trabalhasse por lá. Os interessados devem ter idade igual ou inferior a 40 anos e realizar a mudança no prazo de 90 dias após a aceitação da candidatura. Também é necessário abrir um negócio ou encontrar um emprego.

Espanha

A Espanha está em busca de uma população mais jovem e, especialmente, nômades digitais. A Rede Nacional de Aldeias Acolhedoras, que tem cerca de 30 membros, está tentando atrair trabalhadores remotos estrangeiros para o país, fornecendo espaços de coworking, serviços de alta velocidade de internet e dinheiro para despesas de mudança, além de pagar até R$ 14,5 mil. O custo de vida nesses lugares é de aproximadamente R$ 875 a R$ 2 mil por semana.

Algumas das cidades participantes estão em Málaga, na região norte da Andaluzia, com menos de 500 habitantes a dois mil habitantes. Outro município é Oliete, na região de Aragão, com 343 habitantes.

A aldeia de Kuartango, no Parque Natural de Gorbeia, no País Basco, com uma população de 430 pessoas, também participa do programa, além de Tejada, nas montanhosas Ilhas Canárias, e San Vicente de La Sonsierra, na região de La Rioja, com mil habitantes.

Outro local em busca de novos habitantes é a cidade de Ponga, na região das Astúrias, no norte da Espanha, que tem apenas 600 habitantes. O vilarejo está oferecendo até € 3 mil (R$ 16 mil) para famílias com filhos e até € 2 mil (R$ 11 mil) para solteiros ou casais sem filhos. As famílias que aumentarem a população receberão um adicional de € 3,5 mil (R$ 19 mil) por cada bebê nascido na aldeia.

Suíça

A cidade de Albinen, nos Alpes Suíços, tem menos de 250 residentes e também está se oferecendo para pagar pela permanência de novas famílias. O município está oferecendo 25 mil francos suíços (R$ 138.520) para adultos com menos de 45 anos e 10 mil francos suíços (R$ 55 mil) por criança.

O subsídio foi aberto primeiro para cidadãos suíços ou estrangeiros qualificados, ou seja, que viveram na Suíça por tempo suficiente para obter uma autorização de residência. Os candidatos também devem morar em uma casa no valor de pelo menos 200 mil francos suíços, aproximadamente um milhão de reais, e devem se comprometer a morar em Albinen por dez anos.

Grécia

Na região sul da Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega introduziu um plano para pagar às famílias para se mudarem para a Ilha de Antikythera. Os novos residentes receberão uma casa e um terreno, além da quantia de € 500 (R$ 2,7 mil) todos os meses durante os primeiros três anos.

Irlanda

A Irlanda pretende pagar os maiores subsídios já ofertados por programas desse tipo, a fim de atrair moradores para ilhas isoladas no território irlandês.

O governo anunciou em junho que irá pagar para as pessoas reformarem casas nas 30 ilhas mais isoladas do país, algumas com apenas dois habitantes. De acordo com o comunicado, o país oferecerá de € 60 mil a € 84 mil (cerca de R$ 300 mil a R$ 440 mil) para aqueles que quiserem se mudar para algum dos locais ofertados. No entanto, o subsídio é oferecido apenas para reforma de casas desocupadas há pelo menos dois anos, e não para a compra das residências.

Fonte: Globo.com

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