NACIONAL
General da reserva Ridauto Lúcio Fernandes é alvo da operação da PF
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (29/9) a 18ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar participantes dos fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Supremo Tribunal Federal, na cidade de Brasília/DF. Além dessa medida, foi determinado pelo STF o bloqueio de ativos e valores do investigado.
Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público no dia 8/1 possam chegar a cifra de R$ 40 milhões.
Um dos alvos desta fase da Operação é o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, acusado de participação nos atos de 8 de janeiro.
O militar se assustou com o cumprimento do mandado, mas não causou dificuldade à equipe de policias federais..
Ridauto presta depoimento na PF, após ser intimado pela corporação durante as buscas. Durante a ação, os agentes apreenderam um celular, arma e o passaporte do general.
‘Kids pretos’
As investigações apontam que o general Ridauto seria um dos denominados “kids pretos” que integravam cargos de alto escalão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os “kids pretos” — ou “forças especiais” (FE) — seriam militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais. Eles são formados no Comando de Operações Especiais em Goiânia, em Goiás, ou na 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus, no Amazonas.
Eles são treinados para a participação em missões com alto grau de risco e sigilo, como em operações de guerra irregular — terrorismo, guerrilha, insurreição, movimentos de resistência, insurgência —, sendo preparados para situações que envolvam sabotagem, operações de inteligência, planejamento de fugas e evasões.
BLOQUEIO DE BENS
O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou o bloqueio de ativos e valores do investigado. Para a investigação, o general é considerado executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
*Com informações do G1