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Aumento do Trabalho Infantil: Brasil registra 1,9 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho em 2022

Perfil e distribuição do trabalho infantil revelam disparidades de gênero e raça no Brasil

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que cerca de 1,9 milhão de crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos, estavam em situação de trabalho infantil no Brasil em 2022, marcando um aumento nos últimos três anos analisados.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) evidenciam um crescimento nessa taxa, que passou de 4,5% em 2019 para 4,9% em 2022. Este aumento ocorreu após um período de redução da taxa de trabalho infantil no país, que era de 5,2% em 2019.

A pesquisa ainda destaca que, entre 2019 e 2022, a população brasileira nessa faixa etária diminuiu 1,4%, enquanto o número de pessoas em situação de trabalho infantil aumentou 7%.

O relatório ressalta que o trabalho infantil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pode causar danos à saúde, desenvolvimento físico, social e moral das crianças, além de impactar sua educação.

Os dados também detalham o perfil das crianças e adolescentes envolvidos no trabalho infantil, mostrando que a maioria são meninos (65,1%) e que há desigualdades raciais, com pretos e pardos representando uma parcela maior (66,3%) desse grupo.

Além disso, o relatório aponta que, em média, meninas têm rendimento inferior aos meninos nessa situação, ganhando cerca de 84,4% da renda masculina. Da mesma forma, crianças e adolescentes pretos ou pardos têm renda média menor (80,8%) em comparação com os brancos.

A pesquisa também enfatiza a relação entre trabalho infantil e a escola, indicando que 12,1% dos menores envolvidos no trabalho estavam fora da escola em 2022.

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