Esquema de tráfico internacional de armas: 28 réus respondem por bilionária operação

A Justiça Federal acatou a denúncia contra 28 indivíduos envolvidos em um complexo esquema de tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os réus enfrentarão uma ação penal com possibilidade de pena máxima de até 34 anos de prisão, caso condenados.

A Operação Dakovo foi fundamental para expor o intricado esquema, apontando a importação de 43 mil armas em três anos, movimentando um total de R$ 1,2 bilhão. O Ministério Público descreveu a operação como uma elaborada e milionária estrutura de tráfico de armas, fornecendo armamentos para grupos criminosos como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O epicentro das operações era a empresa International Auto Supply S.A. (IAS-PY) com sede em Assunção, Paraguai, sendo o ponto principal de importação das armas, conforme consta na denúncia.

A investigação teve início após uma apreensão da Polícia Rodoviária Federal em Vitória da Conquista, Bahia, em 2020. À medida que o inquérito avançou, as autoridades descobriram uma organização criminosa com ramificações na América Latina e Europa.

Um desdobramento da Operação Dakovo revelou a ligação de um suposto aliado do PCC na Procuradoria-Geral da República (PGR). Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, analista processual da PGR, foi afastado e está sob investigação por ter acesso privilegiado a sistemas e dados internos.