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Ex-senador haitiano condenado por conspiração para assassinar presidente

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Um juiz federal em Miami condenou Joseph Joel John, ex-senador do Haiti, à prisão perpétua por sua participação em um plano para assassinar o então presidente Jovenel Moïse, ocorrido em julho de 2021. O assassinato gerou agitação no país caribenho, e John é o terceiro de 11 suspeitos detidos e acusados em Miami a ser sentenciado.

O ex-senador, opositor do partido do presidente assassinado, declarou-se culpado por fornecer recursos para o magnicídio. Esse planejamento transnacional permitiu à Justiça dos Estados Unidos intervir no caso, levando à prisão e acusação de 11 pessoas. A expectativa de John era receber uma redução de pena por cooperar com a investigação, mas o juiz federal José E. Martínez impôs a sentença máxima em uma audiência em Miami.

Joseph John, usando trajes de prisioneiro, argumentou que o plano estava fora de controle e que nunca teve a intenção de assassinar o presidente haitiano. Apesar disso, o juiz Martínez ordenou sua prisão perpétua, alertando sobre o perigo do envolvimento nesse tipo de plano.

Outros dois condenados, o empresário haitiano-chileno Rodolphe Jaar e o oficial reformado do exército colombiano Germán Alejandro Rivera García, também receberam sentenças de prisão perpétua. Joseph John, cidadão haitiano-americano e ex-informante confidencial da Agência Antidrogas dos EUA, aguarda sentença em fevereiro de 2024.

O assassinato de Moïse desencadeou um cenário de violência no Haiti, levando o Conselho de Segurança da ONU a votar a aprovação de uma força multinacional liderada pelo Quênia para combater os bandos. O país enfrenta uma crise política, sem realização de eleições desde 2016 e com a Presidência vaga desde o assassinato de Moïse.

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