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Acordos de Indenização em Brumadinho Atingem Mais de 23 Mil Pessoas Três Anos Após Tragédia

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Mais de 23 mil pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais, fecharam acordos de indenização com a mineradora. Os dados foram apresentados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) durante uma prestação pública de contas, marcando os três anos de implementação do acordo de reparação. Na quinta-feira (25), a tragédia completará cinco anos, causando 270 mortes e devastação ambiental.

A Vale afirma que, desde 2019, mais de 15,4 mil pessoas fecharam acordos de indenização, totalizando um investimento de R$ 3,5 bilhões. No entanto, a divergência nos números apresentados pela Vale e pelos órgãos de Justiça pode ser atribuída ao fato de alguns atingidos terem direito a mais de um acordo, incluindo indenizações trabalhistas.

A Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum) critica o processo indenizatório, alegando falta de negociação adequada e coerção. A entidade destaca a discrepância entre os valores destinados às indenizações e os proventos anuais aprovados para distribuição de lucros e dividendos pela Vale, que pagou cerca de R$ 28,9 bilhões em dividendos apenas no último ano.

A liquidação coletiva, uma demanda antiga de algumas entidades representativas, foi introduzida pela Justiça, mas a Vale contesta, defendendo a liquidação de forma individual. O programa de transferência de renda sob gestão da Fundação Getúlio Vargas (FGV) substituiu o auxílio emergencial mensal, mas críticas persistem quanto ao critério geográfico e à autonomia da Vale na avaliação dos beneficiados. O programa está previsto para durar até abril de 2026, proporcionando uma média de R$ 648 por pessoa. Até o momento, 132.094 pessoas foram beneficiadas.

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