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Ex-PM Ronnie Lessa Faz Delação no Caso Marielle: Revelações Podem Desvendar Mandante do Crime

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Ronnie Lessa, ex-policial militar, firmou um acordo de delação premiada no inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A colaboração, ainda aguardando homologação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi divulgada por Lauro Jardim, de O Globo.

Marielle e Anderson foram mortos em março de 2018 no centro do Rio de Janeiro. Lessa e Élcio de Queiroz, também ex-policial, foram presos um ano após o crime, com Lessa acusado como autor dos disparos e Queiroz como o motorista do veículo usado no assassinato.

A delação de Lessa representa a segunda tentativa de identificar o mandante do crime, sendo precedida pela colaboração de Queiroz, realizada em julho do ano passado. Este último confessou sua participação e forneceu detalhes cruciais sobre a noite do assassinato.

A delação de Queiroz levou as investigações a apontarem Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, como suspeito. Com foro privilegiado, o inquérito foi encaminhado ao STJ em outubro de 2023. Lessa, em sua nova delação, identifica Brazão como um dos mandantes do homicídio.

O conselheiro, citado anteriormente em investigações e denunciado por obstrução da justiça, sempre negou envolvimento no caso. Os motivos que teriam levado Brazão a ordenar o assassinato ainda não foram esclarecidos de forma definitiva pelos investigadores.

Para homologar a delação de Lessa, é crucial que as informações por ele fornecidas sejam corroboradas pelos investigadores. Negociado no final do ano passado, o acordo enfrenta o desafio de provar os relatos, uma vez que muitas das provas originais foram perdidas ao longo dos quase seis anos desde o crime.

A Polícia Federal, responsável pela condução das investigações, acredita que os depoimentos dos envolvidos são essenciais para concluir o caso Marielle. Limitações como a falta de registros telefônicos e imagens do crime foram apontadas como obstáculos intransponíveis pela PF, com a delação de Queiroz já indicando Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, como parte do monitoramento a Marielle.

Suel, sondado pela PF para uma delação em novembro, não prosseguiu com as negociações, uma vez que Lessa decidiu colaborar. A Polícia Federal e a defesa de Lessa não comentaram sobre as investigações em curso.

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