Ministério da Saúde desmente eficácia da ivermectina no combate à dengue

A ivermectina, medicamento conhecido como antiparasitário e anteriormente alvo de debates durante a pandemia de covid-19, ressurgiu como suposta solução contra a dengue. No entanto, o Ministério da Saúde esclareceu que se trata de um boato, disseminado inclusive por alguns profissionais de saúde em redes sociais, sem embasamento em dados ou fontes comprovadas.

A pasta reforça que, assim como para o coronavírus, não há evidências científicas que respaldem a eficácia da ivermectina no combate ao vírus da dengue. Em comunicado, o governo federal alertou sobre os riscos da disseminação de fake news, especialmente em contextos epidemiológicos que exigem atenção.

O tratamento oficial para casos de dengue, segundo o Ministério da Saúde, inclui a identificação de sintomas pelo médico, possivelmente com a solicitação de exames laboratoriais. Para casos leves, repouso, hidratação e o uso de paracetamol ou dipirona são recomendados, enquanto a ingestão de ácido acetilsalicílico é desaconselhada. Casos com sinais de alarme devem ser prontamente reportados à equipe médica.

A pasta enfatiza que as condutas clínicas seguem embasamento científico e evidências de eficácia, com medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Quanto à vacinação contra a dengue, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser imunizadas no Brasil em 2024, com a vacina Qdenga, destinada a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos em 521 municípios selecionados.