POLÍTICA

A tentativa de golpe liderada por Bolsonaro não pode ser anistiada, afirmam críticos

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A tentativa de golpe urdida no Palácio do Planalto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados não pode ser anistiada pela sociedade brasileira como fez o Congresso Nacional ao fim da ditadura militar iniciada em 1964. É preciso punir todos os responsáveis e partícipes daqueles atos abomináveis e atentatórios contra a democracia brasileira.

Infelizmente, há quem minimize os atos desvendados por investigação da Polícia Federal, e tente criar uma cortina de fumaça com o discurso de que o ex-presidente e seus asseclas estavam preocupados apenas com a lisura do processo eleitoral. Já houve, inclusive, defesa pública, por parlamentares bolsonaristas, de anistia aos que tramaram e participaram da tentativa de golpe e da baderna de 8 de janeiro de 2023.

As investigações demonstram como os que estavam no poder, percebendo uma iminente derrota, tentavam manter-se no comando do país, mesmo que para isso fosse necessário o uso da força, ou melhor, das Forças Armadas. O golpe não se consolidou pela resistência de alguns ocupantes de postos de comando das Forças Armadas, e as investigações mostram como essas pessoas se tornaram alvos fáceis dos que defendiam o golpe, das chamadas milícias digitais em favor de Bolsonaro.

Diante de todas as provas trazidas pela Polícia Federal sobre a movimentação dos golpistas, Bolsonaro convocou aliados para um ato no dia 25 deste mês, na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo ele, a intenção é se defender das acusações que pesam contra ele e “defender o estado democrático de direito”. Parece piada de mal gosto. Aquele que queria se manter no poder pela força, agora quer pregar a democracia. Falácia.

Bolsonaro está acuado depois que a podridão que veio à tona com a investigação da Polícia Federal. Resta saber se ele vai ter tempo e espaço para construir um movimento de resistência e escapar de eventuais punições pela tentativa de golpe.

Fonte: Amazonas Atual

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