POLÍCIA
Operação Pirâmide de Ouro: Polícia Federal e Receita Federal desmantelam esquema de tráfico ilegal de ouro
A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram nesta quarta-feira (28/2) a Operação Pirâmide de Ouro em quatro estados, incluindo Amazonas, Pará, Rondônia e Paraná. Um suspeito foi preso e 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A ação visa desmantelar um esquema de venda ilegal de ouro da Região Norte para o sudeste do país, estimada em mais de R$ 1 bilhão.
Os mandados foram executados em cidades como Curitiba (PR), Itaituba (PA), Porto Velho (RO) e Manaus (AM), resultando na apreensão de documentos e dinheiro, ainda não quantificados.
As medidas autorizadas pela Justiça Federal no Amazonas visam suspeitas de organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens de união, falsidade ideológica e uso de documento falso. Além disso, foram decretados o sequestro de bens de 24 alvos do inquérito.
A investigação teve início após a apreensão de 7,5 quilos de ouro em Belém, em setembro de 2022. O passageiro envolvido na ocasião, não preso em flagrante, foi detido nesta operação, juntamente com dois de seus filhos, todos suspeitos do mesmo esquema infração.
Mesmo após a detenção no aeroporto, o suspeito continuou transportando ouro em voos comerciais entre a Amazônia e São Paulo, utilizando-se de empresas “noteiras” para forjar notas fiscais. O ouro também passou por um processo de “sujamento” para ocultar sua origem ilegal.
Um dos suspeitos foragidos é sócio de uma empresa que movimentou R$ 1,5 bilhão em três anos e meio, com acusações de fraudes comprovadas pela perícia da PF.
Diante das evidências, a Justiça determinou o sequestro de contas bancárias, a suspensão das atividades da empresa e a suspensão da permissão de lavra garimpeira.