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Manual da Febasgo Aborda Dengue em Gestantes e Puérperas

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O aumento do gás carboidrato exalado pela pele das gestantes, somado ao incremento específico da temperatura corporal, torna-se alvo atrativo para o mosquito Aedes aegypti. Além disso, grávidas e puérperas estão entre os grupos mais propensos às complicações decorrentes da dengue.

Segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira (1º), o número de casos de dengue em gestantes cresceu 345,2% nas seis primeiras semanas deste ano em comparação com o mesmo período de 2023.

Diante desse cenário, a Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febasgo) lançou o Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério, em colaboração com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Dengue na Gestação da Febasgo, composto por 16 especialistas em ginecologia obstetrícia, o guia oferece orientações para evitar o contágio e prevenir complicações associadas à dengue.

“Uma vez infectadas, as gestantes maiores têm chances de apresentar estágios desfavoráveis ​​em comparação com não gestantes. Portanto, esse grupo é de especial interesse e cuidado”, ressalta o médico Antônio Braga, membro do Grupo de Trabalho sobre Dengue na Gestação da Febasgo.

O manual destaca a importância do controle dos criadosuros do Aedes aegypti, o uso de barreiras mecânicas nas residências, como telas em portas e janelas, e a aplicação de inseticidas. As gestantes devem priorizar o uso de repelentes aprovados pela Anvisa, como picaridina, icaridina, DEET, IR 3535 ou EBAAP.

A Febrasgo recomenda ainda evitar o uso de roupas em tons de vermelho, azul, alaranjado ou preto, preferindo cores claras, que não atraem o mosquito.

Em casos de dengue leve, a orientação é segurança e aumento da ingestão de líquidos. Gestantes com dengue devem ser avaliadas diariamente, incluindo reprodução do hemograma até 48 horas após o desaparecimento da febre. Se o estado for grave, com sinais de alarme, a internação é indicada, com tratamento em unidade de terapia intensiva em situações críticas.

Fonte: Portal A Crítica.

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