Rio Grande do Sul enfrenta devastação com mais de 120 mortos devido às chuvas

As chuvas implacáveis que assolam o Rio Grande do Sul têm causado devastação sem precedentes, deixando um rastro de tragédia e desolação. Até às 18h de sexta-feira (10), o número de mortos já alcançou a marca alarmante de 126, enquanto 141 pessoas permanecem desaparecidas e 756 foram feridas, conforme relatos da Defesa Civil gaúcha.

Os impactos das enchentes são avassaladores, com quase 340 mil pessoas desalojadas, obrigadas a buscar refúgio em casas de parentes ou amigos. Além disso, mais de 71 mil pessoas encontram-se em abrigos montados para socorrer as vítimas desabrigadas.

A situação é tão grave que a magnitude da tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina, que devastou a região metropolitana de Nova Orleans em 2005. Profissionais de saúde destacam semelhanças preocupantes entre as duas catástrofes, incluindo a falta de prevenção de desastres naturais e a ausência de uma coordenação centralizada de decisões.

O cenário é desolador, com escolas fechadas, milhares de imóveis sem água e energia, e uma população que enfrenta condições precárias em meio ao caos. Enquanto o nível da água do lago Guaíba, que inundou a capital Porto Alegre, diminuiu ligeiramente, as ruas continuam alagadas, refletindo a magnitude da crise que assola o estado.

O governo gaúcho emitiu alertas para os municípios às margens da Lagoa dos Patos, prevendo riscos de enchentes iminentes. O desafio de reconstruir e recuperar o Rio Grande do Sul será monumental, mas a solidariedade e a união são essenciais para superar esta crise sem precedentes.