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Entrega do Imposto de Renda 2024: Números, Doações e Restituições

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O prazo para entrega da Declaração do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) encerrou-se com um total de 42.421.153 declarações enviadas, conforme divulgado pela Receita Federal. Embora o número não tenha atingido a expectativa máxima do órgão (43 milhões), superou o ano anterior, quando 41,2 milhões foram entregues.

Como é costume, uma parcela considerável de brasileiros deixou para enviar suas declarações nos últimos dias, com cerca de 4 milhões de declarações submetidas entre os dias 30 e 31 de maio, os últimos para entrega. Esse aumento pode ser atribuído em parte à maior disponibilidade de declarações pré-preenchidas, utilizadas por 41% dos declarantes este ano.

Quem não enviou a declaração dentro do prazo está sujeito a multas, que podem variar de R$ 165,74 a até 20% do valor devido, dependendo do montante não declarado. No entanto, o prazo foi estendido até 30 de agosto para contribuintes do Rio Grande do Sul, devido à tragédia climática que atinge o estado desde o fim de abril.

Além da prestação de contas fiscais, o Imposto de Renda também é uma oportunidade para os contribuintes direcionarem parte de seus tributos para causas sociais. Em 2024, o valor global destinado a doações atingiu R$ 330,43 milhões, provenientes de 237.081 contribuintes, com destaque para o Rio Grande do Sul, que recebeu mais de R$ 86 milhões.

Embora o montante destinado a doações tenha aumentado em relação ao ano anterior, ainda está muito aquém do potencial máximo. Se todos os contribuintes indicassem o destino do dinheiro, a quantia direcionada poderia chegar a R$ 12,9 bilhões.

Dos contribuintes que entregaram suas declarações, 60,6% têm direito a alguma restituição do IRPF, com os valores começando a ser pagos desde a última sexta-feira (31). A média de idade dos contribuintes neste ano foi de 47 anos, e 18,9% das declarações foram enviadas por pessoas isentas.

Pela primeira vez, mais de 10% dos contribuintes preencheram a declaração online, diretamente na nuvem da Receita Federal, através da plataforma SouGov. No entanto, a maioria ainda opta pelo programa disponibilizado pelo órgão (82%).

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