POLÍCIA

Denúncia Aponta Intimidação de Família por Delegada em Caso de Abuso Infantil

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Uma denúncia chegou ao portal D24AM, do GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC), acusando a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), de utilizar seu relacionamento com um policial militar suspeito de abusar de uma menina de quatro anos para intimidar a família paterna da vítima.

Segundo um familiar da criança, que preferiu não se identificar, a menina, que reside com a mãe e os avós maternos, teria sido vítima de abusos libidinosos pelo tio materno, um policial militar não identificado. A família da menina, ao buscar a DEPCA, relatou os abusos e a criança foi submetida a uma escuta especializada, que confirmou a gravidade dos relatos. Um inquérito foi então instaurado.

A criança passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), que constatou uma lesão, mas não identificou rompimento do hímen, uma vez que os relatos eram sobre atos libidinosos e não conjunção carnal.

“Foi deferida medida protetiva de urgência, reversão de guarda e outras medidas cabíveis. Tudo que era possível no âmbito cível foi feito”, afirmou a fonte. O inquérito foi inicialmente acompanhado pelas delegadas Joyce Coelho e Benvinda de Gusmão, mas o relatório final foi entregue já sob a gestão da delegada Juliana Tuma.

De acordo com a denúncia, no final de junho, Juliana Tuma enviou o relatório para a Justiça, concluindo pelo não indiciamento do policial militar. A delegada alegou que o depoimento da criança era frágil e o exame não conclusivo. A denúncia levanta ainda que o suspeito tem relação de parentesco com a delegada, sendo primo de uma advogada que atua em sua defesa.

“A revolta é imensa ao ver que uma delegada da DEPCA possa desconsiderar a palavra de uma criança de quatro anos. Isso representa um retrocesso nos direitos das crianças e adolescentes”, afirmou a avó da menina.

O Portal D24AM teve acesso ao Boletim de Ocorrência sobre o caso, escuta realizada com a criança na DEPCA, resultados do exame de corpo de delito, medidas protetivas, depoimentos de policiais e anexos com fotos e vídeos das agressões.

A reportagem solicitou um posicionamento da assessoria de comunicação da Polícia Civil do Amazonas (PCAM), mas até o fechamento da matéria não obteve resposta. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.

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