Trump afrouxa discurso de guerra de tarifas e sinaliza que acordo com China ‘vai acontecer’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira, 8, que está esperando uma ligação da China para fazer um acordo que evite a guerra de tarifas entre os países. Na segunda-feira, 7, o republicano ameaçou impor tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas, caso o gigante asiático não suspenda medidas de reciprocidade.

Em uma sinalização de afrouxamento de discurso e busca por entendimento entre as nações, o presidente disse que “vai acontecer”, se referindo ao acordo. “A China também quer fazer um acordo, muito, mas eles não sabem como começar. Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, escreveu Trump em sua página na plataforma Truth Social.

Na segunda-feira, 7, a China anunciou que não ‘cederá à chantagem’ de Trump sobre a imposição de tarifas adicionais de 50% sobre importações chinesas. “As ameaças dos EUA para escalar tarifas contra a China são um erro atrás do outro, mais uma vez expondo a natureza chantageadora da América”, declarou o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, que complementou: “Se os EUA insistirem em fazer as coisas à sua maneira, a China vai lutar até o fim.”

Ameaças de Trump contra a China

Antes do anúncio desta terça sobre um possível acordo com o chineses, o presidente Donald Trump já havia sinalizando que não pensava em fazer uma pausa nas tarifas para permitir negociações com parceiros comerciais, mas que deveria conversar com a China, o Japão e outros países sobre as tarifas.

Aos jornalistas, na tarde de segunda-feira, Trump reiterou sua ameaça de impor tarifa adicional de 50% sobre as importações chinesas, a menos que o país retire sua ameaça de adicionar uma tarifa de 34% sobre seus produtos. Segundo o republicano, caso a China não volte atrás, as novas taxas podem entrar em vigor nesta quarta-feira, 9.

Ao todo, o “tarifaço” de Trump atinge mais de 180 países e regiões, incluindo a União Europeia (20%), Japão (24%) e Coreia do Sul (25%). A tarifa cobrada para o Brasil (10%) está entre as mais baixas e também será igualmente aplicada para Reino Unido, Singapura, Chile, Austrália, Turquia e Colômbia.

Fonte: Redação Terra