INTERNACIONAL
Israel confirma ataque a instalação nuclear em Isfahan; Irã nega vazamento radioativo
Israelenses também dizem ter matado comandante militar responsável por ligação com o Hamas
As Forças de de Defesa de Israel atacaram a instalação nuclear iraniana na cidade de Isfahan no sábado, pela segunda vez desde o início da guerra entre os dois arqui-inimigos, disse um oficial militar israelense neste sábado, 21.
“A maioria das explosões ouvidas nesses ataques estava relacionada à atividade de defesa aérea”, disse a fonte.
Por sua vez, a fonte militar israelense disse que, durante a noite, foram alvejados “dois locais de produção de centrífugas nessa área” de Isfahan, e considerou que Israel desferiu “um duro golpe na capacidade de produção de centrífugas do Irã”.
Os militares israelenses já haviam relatado bombardeios na área no primeiro dia da guerra, sexta-feira, 13 de junho. Israel acredita ter atrasado o programa nuclear iraniano em dois ou três anos.
Naquele dia, Israel lançou uma ampla campanha de ataques aéreos contra o Irã na tentativa de impedir que seu arqui-inimigo adquirisse a bomba atômica, um objetivo que Teerã nega ter.
Em resposta, o Irã lançou vários ataques com drones e mísseis contra Israel.
Comandante que fazia interlocução com o Hamas é morto
Israel também disse neste sábado ter matado Saeed Izadi, um comandante iraniano encarregado da coordenação militar com o movimento islâmico palestino Hamas em um bombardeio em Qom, ao sul de Teerã.
“Os caças israelenses atingiram e eliminaram na área de Qom o comandante do corpo das Forças Quds palestinas e principal coordenador entre o regime iraniano e a organização terrorista Hamas, Saeed Izadi”, disse o exército em um comunicado.
Nesta sexta-feira, em Nova York, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir o confronto entre Israel e Irã. Antonio Guterres alertou para o risco de a guerra sair de controle.
“Não estamos caminhando lentamente em direção a uma crise, estamos correndo em direção a ela”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao Conselho de Segurança em Nova York. Ele pediu a Israel e ao Irã que resolvessem suas diferenças pacificamente./AFP
Fonte: Terra