Pedido de foto com cadáver e juras de amor: como menor de idade chocou com mensagens após matar os pais

Mensagens com teor chocante, trocadas entre o menor de idade que matou os pais e sua namorada, mostram a frieza e o calculismo da dupla após o crime. De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, o casal se conheceu por meio de jogos online há cinco anos.

O delegado Matheus Soares Augusto, titular da Delegacia de Água Boa, contou em entrevista ao Terra que as mensagens averiguadas pelos investigadores “são chocantes até mesmo para os policiais” e que o menino não demonstrou nenhum remorso.

“O teor da conversa é o mais assustador possível. Eles tratam com tal tranquilidade e frieza a morte, tanto durante a execução, quanto depois, enquanto discutem o que o jovem deveria fazer com os corpos dos pais e do irmãozinho”, disse.

Segundo o delegado, a menina pediu para que o namorado tirasse uma foto dos pais mortos. Ele já havia enviado um registro, mas apagou. Por isso, ela pediu que ele reenviasse a foto porque “ela queria ver a expressão dos pais deles mortos na cama”.

“Eles tratam, a todo momento, fazendo brincadeiras, ora trocam juras de amor, ora ela se diz orgulhosa por ele ter feito isso por ela. A gente nota bastante imaturidade e, com certeza, traços de psicopatia em ambos os jovens”, explicou Matheus.

O adolescente de 14 anos foi detido após ter confessado ter matado a tiros os pais e o irmão de 3 anos, em Itaperuna, no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho. Ele pegou a arma do pai e atirou contra as vítimas enquanto dormiam.

“Logo após ter assassinado os próprios pais e o irmão, esse jovem vai pra cama e ele ainda brinca com ela de que está ouvindo vozes, como se fosse o fantasma do pai falando com ele”, afirmou.

“Ela comentou: ‘Sua mãe parece que estava te olhando’. Não demonstrou uma comemoração, mas continuou com essa indiferença e tratando a situação como uma brincadeira”, completou o delegado.

Entenda o caso

Um adolescente de 14 anos foi preso após ter confessado ter matado a tiros os pais e o irmão de 3 anos, em Itaperuna, no Rio de Janeiro. Anteriormente, ele havia contado à Polícia Civil que sua mãe, Inaila Teixeira, de 37 anos, e seu pai, Antônio Carlos Teixeira de 45, sumiram depois de levar o caçula ao hospital porque ele tinha engasgado com um caco de vidro. 

O crime ocorreu no dia 21 de junho, quando o jovem pegou a arma do pai e atirou contra as vítimas enquanto dormiam. Depois disso, ele espalhou produto químico pelo chão e arrastou os corpos até uma cisterna da casa para ocultá-los. 

O desaparecimento das vítimas foi registrado no dia 24 de junho quando a avó do adolescente foi até a 143ª DP (Itaperuna) com ele, após não conseguir contatar os familiares.

No entanto, os agentes não localizaram nenhum registro no hospital da cidade. Então, foi solicitada perícia na casa das vítimas. O encontro dos corpos ocorreu no dia seguinte, 25 de junho, após a polícia ir até a casa e identificar manchas de sangue no colchão e nas roupas do casal, além de pontos queimados. 

Um forte odor foi sentido pelos policiais, que localizaram os corpos dentro da cisterna. “Depois que localizamos o corpo, ele confessou o crime. Disse ter dado um tiro na cabeça do pai e da mãe; no irmão, foi no pescoço. Perguntamos porque ele matou o menino, e ele disse que foi para poupá-lo da perda dos pais”, disse o delegado Matheus Soares Augusto.

Fonte: Redação Terra