INTERNACIONAL
Menino de 8 anos é rejeitado por escolas por ter cabelo comprido
A aparência física é algo muito pessoal, e cada pessoa tem o direito de se vestir e cuidar de seu corpo como achar melhor. Entretanto, nossas escolhas, muitas vezes, impactam diretamente nossos relacionamentos com o mundo ao nosso redor e até mesmo as oportunidades que recebemos, seja na vida pessoal ou profissional.
Até mesmo as crianças estão constantemente sendo expostas aos sérios julgamentos da sociedade e tendo suas vidas impactadas por suas escolhas pessoais. Farouk James é uma dessas crianças, que desde cedo conhece o peso de ser tratado de forma diferente por conta de sua aparência.
Segundo matéria da CBS News, o menino, atualmente com 9 anos, foi rejeitado em diversas escolas do Reino Unido apenas por ter o cabelo comprido. Segundo sua mãe Bonnie Miller, o pai de Farouk é de Gana, na África, e por razões culturais eles não cortam o cabelo do filho.
No entanto, esse traço de aparência não se encaixa nas políticas de muitas escolas, e agora a família enfrenta dificuldades para encontrar um lugar onde Farouk seja aceito por quem é.
Bonnie já tinha passado por uma situação semelhante com o outro filho, há alguns anos, mas na época, o cabelo do menino era muito curto para os padrões da escola, e ela imaginou que com Farouk as coisas dariam certo, mas a aparência do filho “violo” a política da escola.
Toda essa dificuldade para colocar seu filho numa escola fez com que Bonnie pensasse no quadro geral da situação e se questionar “quem decide o que é feminino e o que é masculino”, buscando maneiras de ajudar pessoas que passam pela mesma situação.
A mãe chegou a criar uma petiço on-line para proibir a discriminação de cabelos no Reino Unido, que conta com mais de 7 mil apoiadores, e também disse que está reunindo um grupo de pessoas para lutar contra essa realidade até que ela seja mudada em todo o mundo.
Bonnie, que também disse que Farouk é ridicularizado por conta de seu cabelo, afirma que pedir que pessoas tirem partes de seus corpos para satisfazer expectativas da sociedade contraria os direitos humanos.
Felizmente, Farouk não se deixa abater pelos preconceitos e faz questão de ostentar o seu cabelo com muito orgulho. Em seu perfil no Instagram, ele é seguido por mais de 270 mil pessoas e, além de fotos despojadas, também tenta encorajar as pessoas a lutarem pela mesma causa.
Fonte: O Segredo