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POLÍCIA

Morte de ‘Pamonheiro da Compensa’ pode ter sido retaliação do CV

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A guerra entre facções criminosas tem deixado um rastro de sangue nas ruas de Manaus. Nesta terça-feira (11), mais um homicídio, registrado em plena luz do dia, é atribuído à rixa entre grupos rivais de organizações criminosas que tentam dominar a capital do Amazonas. 

A morte do jovem Leandro Barbosa da Silva, de 24 anos, cujo apelido era “Pamonheiro da Compensa”, pode ter sido uma retaliação de membros da organização criminosa carioca Comando Vermelho (CV), que disputa território em Manaus. Segundo testemunhas, o rapaz teria entrado em um novo grupo e se envolvido diretamente em ataques contra ex-aliados.

O destino de Leandro começou a ser selado tempo atrás, quando o jovem foi expulso da CV, e passou a integrar a recém-criada facção manauara Cartel do Norte (CDN). Entretanto, os líderes da nova organização criminosa exigiram que a entrada no grupo só seria aprovada, caso ele executasse alguns de seus antigos aliados.

Testemunhas relataram ao EM TEMPO, sob a condição de anonimato, que o jovem teria envolvimento em, pelo menos, dois homicídios cometidos no bairro Compensa, Zona Oeste, somente nas últimas semanas.

“Ele matou outros dois homens na Compensa semana passada. Ele saia matando quem os caras [membros da CDN] mandassem”, afirmou um morador da área. 

”Hoje, ele [o Leandro] cometeu mais um ataque na Compensa e chegou a atirar contra um antigo aliado. Ele planejava fugir, mas, desta vez, foi perseguido por rivais, que estavam em um carro, e conseguiram atirar nele”, explicou um PM, que realiza patrulhamento no bairro Compensa e que também não quis se identificar.

A execução

Leandro foi assassinado na tarde desta terça, por volta das 13h, na avenida Tarumã, zona Oeste de Manaus. Ele dirigia uma motocicleta, quando foi atingido por um tiro na coluna, disparado por rivais. “Pamonheiro” caiu da moto, tentou fugir, mas deitou no canteiro central da via e agonizou até a morte.

Já o outro baleado, vítima do suposto ataque praticado por Leandro, foi levado ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, onde segue recebendo atendimento médico. Entretanto, a identidade e o quadro clínico dele não foram divulgados.

Morte de Leandro era uma questão de tempo

Para uma tia da vítima, que acompanhava a remoção do corpo do jovem, o assassinato de Leandro não era uma questão de “se”, mas de “quando” iria acontecer. “Era uma questão de tempo para a gente receber essa notícia. Tentamos levá-lo para o caminho do bem, mas ele não ouvia”. As frases eram interrompidas por choros, mas ela continuou. “A gente fica triste, porque é da nossa família”, finalizou.

A vítima Leandro Barbosa da Silva

Outros familiares também acompanharam os trabalhos dos agentes do Departamento de Polícia Técnico-Cientifico (DPTC) e do Instituto Médico Legal (IML).

Velho conhecido da polícia

Segundo as autoridades, Leandro possuía uma forte ligação com o tráfico de drogas, especialmente na zona Oeste de Manaus. Ele foi preso 2017 pela venda de entorpecentes, e voltou a ser capturado pela Polícia Civil, novamente, há menos de um ano, pelo mesmo crime.

Na época, o delegado Adriano Félix, titular do 8º Distrito Integrado de Polícia (DIP), afirmou que o jovem era um velho conhecido da polícia, pelo envolvimento em crimes como roubo, homicídios, além do tráfico de drogas. Ele acabou sendo solto tempos depois, após decisão judicial. 

Investigação

O corpo de Leandro foi removido ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exame de necropsia. A autoria do crime e a real circunstância do crime serão investigadas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). 

Fonte: Em tempo

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