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Saiba como vai funcionar a ‘Feira Flutuante’ da Manaus Moderna

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Antecipando o fenômeno natural, que promete inundar parte da principal feira abastecedora da cidade, a Prefeitura de Manaus inova ao construir a primeira feira flutuante. O entreposto, que alia tecnologia e força bruta, típica do segmento offshore, no prazo de 10 dias, vai funcionar numa balsa de 1.260 m², com capacidade de 6.500 toneladas de içamento, atracada na orla da Manaus Moderna, e abrigará cerca de 200 permissionários no período de 3 meses, tempo previsto para a descida dos rios.

A subida do Rio Negro, que ultrapassou a cota de inundação severa, com 29,47 metros, impõe ações eficientes para prevenção e enfrentamento ao período das cheias. O prefeito de Manaus, David Almeida, aponta a criação da ‘feira flutuante’ como uma ação inédita na cidade, que vai substituir a antiga medida que transferia os feirantes para a rua durante o período das cheias.

Segundo Almeida, a ação visa garantir o funcionamento do comércio e o sustento dos trabalhadores, além de garantir higiene e segurança alimentar para os consumidores. “Essa é mais uma ação que estamos colocando em prática do planejamento que fizemos para enfrentar esse período de cheias e perseguir aquilo que propomos à população da cidade: qualidade de vida”, enfatizou.

O secretário municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), Renato Jr., esclarece que a balsa, que abrigará feirantes do setor de carnes e peixes, será coberta e contará com banheiros químicos, agentes de limpeza, balsa auxiliar para transfer do lixo, monitoramento 24h – trânsito e segurança, água tratada, energia elétrica, espaço para lanchonetes e estivas.

“O entreposto vai proporcionar uma nova perspectiva de vendas, dentro desse período de cheias, para os permissionários, que nos anos anteriores tinham suas receitas prejudicadas. E a expectativa é, com essa ação inovadora, movimentarmos o setor primário com um incremento na ordem de R$ 9 mi durante esses 90 dias de funcionamento”, explicou Renato Jr.

Cheia histórica

Moradores do Amazonas enfrentam uma das maiores cheias da história do rio Negro, que alcançou nesta segunda-feira (10), o nível de 29,47 metros. Pelo menos 42 dos 62 Municípios do Amazonas já sofrem as consequências da cheia, segundo da Defesa Civil do estado.

Na capital amazonense, pelo menos cinco bairros já foram atingidos pela água. No Centro, ruas tomadas pela água tiveram de ser interditadas. O bairro Mauazinho, na zona Leste de Manaus, é um dos pontos mais afetados, juntamente com São Jorge e Aparecida.

No bairro Educandos, um dos que sofrem com a cheia do rio, moradores tentam salvar seus pertences, suas casas, e continuar morando nelas. Eles improvisaram pontes, as chamadas marombas.

No Amazonas, o período das chuvas vai de abril a junho. Neste ano, o rio está subindo mais rapidamente. O volume de água é maior do que nos anos anteriores, segundo a prefeitura de Manaus, e esta pode ser a maior cheia da história.

O recorde foi em 2012, quando o nível do rio chegou a 29,97 metros.

Maiores cheias nos últimos 119 anos:

  • 2012 – 29,97m
  • 2009 – 29,77m
  • 1953 – 29,69 m
  • 2015 – 29,66m
  • 1976 – 29,61m
  • 2014 – 29,50m
  • 1989 – 29,42m
  • 2019 – 29,42m
  • 1922 – 29,35m
  • 2013 – 29,33m

Fonte: CM7

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