POLÍTICA
Protesto a favor de Wilson Lima vira motivo de piada em Manaus
No final da tarde de ontem sexta-feira (4), foi marcado um protesto de todos os comissionados do governo em favor do Secretario preso pela PF Marcellus Campelo, e do governador Wilson de Miranda Lima que está sendo investigado por desvio de verbas da saúde na compra de respiradores em uma loja de vinho e por formação de quadrilha.
O objetivo desse protesto é de interesse do próprio governador que está com medo de ir depor na CPI do Covid-19 e de ser afastado nos próximos dias pelo STJ, Wilson tenta buscar meios para escapar e mostra que tem aprovação popular, mais na verdade a desaprovação do seu desgoverno chega a 92% de rejeição pelos amazonenses.
A tentativa de mobilização foi articulada pelo alto escalão do governado e que se frustraram com as pessoas revoltadas nas redes sociais com a imposição feita pelos aliados do governador.
Comissionados
Durante todo o dia de ontem, prints circularam nas redes sociais em Manaus, mostrando a imposição e a forma que alguns servidores foram suspostamente coagidos para participar da frustrada “manifestação.
“Eu fiquei surpresa da forma que fui avisada, eles disseram que eram para todos estarem lá, de camisa branca e com cartazes em apoio ao governador e quem não fosse iria ser exonerado.”, disse uma servidora que não quis se identificar.
Segundo a servidora comissionada, seria algo vergonho realizar uma manifestação após a quarta operação da Policia Federal em Manaus.
Wilson Lima cuidava ‘pessoalmente’ de contrato fraudado, diz STJ
Na decisão em que determinou as ações contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), na ultima quarta-feira (2), o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), apontou ação direta do governador do Estado para fraudar o processo de contratação da Fundação Nilton Lins, que mantém um hospital em Manaus, para prestar serviços de Saúde durante a pandemia de Covid-19. A informação foi divulgada na coluna Radar, do jornalista Robson Bonin, da revista Veja, nesta quarta-feira.
Conforme noticiado na coluna, a investigação apontou inicialmente que a licitação foi dispensada e o contrato foi direcionado para que o hospital, escolhido pessoalmente por Wilson Lima, fosse o escolhido para assumir um negócio de R$ 2,6 milhões.
As fraudes em favor do hospital, no entanto, teriam sido ainda maiores, pois as investigações apontaram irregularidades do mesmo tipo em períodos anteriores.
“Há indícios no sentido de que o processo de dispensa de licitação tenha sido montado e datado de forma retroativa para dar ares de legalidade à escolha da Fundação Nilton Lins, feita diretamente por Wilson Miranda Lima, que, além de haver se manifestado publicamente sobre a contratação, segundo elementos de prova coligidos quando da busca e apreensão decretada no inquérito, sempre acompanhou pessoalmente as questões relacionadas à execução do contrato, o que justifica a nova realização da medida de busca e apreensão nos endereços residencial e profissional do governador”, escreveu o ministro Falcão.