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Comando Vermelho usava falsas empresas no AM para lavar R$ 126 milhões

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A operação  “Coalizão do Bem”, deflagrada nesta sexta-feira (18), pelas Polícias Civil do Amazonas e Rio de Janeiro, resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão e de busca e apreensão em nome de líderes de uma facção criminosa que atua nos dois estados. 

Dentre os presos está o cabeça do braço da facção no Amazonas, Marcelo da Silva Nunes, o “Marcelão”, cunhado do traficante Gelson Carnaúba, o “Mano G”, além do gerente financeiro da organização criminosa, Pedro da Silva de Carvalho.

Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), os presos na operação estão envolvidos em crimes de lavagem de dinheiro que visavam fortalecer o tráfico na região da tríplice fronteira. Para isso, altas movimentações de dinheiro eram feitas por meio de empresas de fachada dos ramos de alimentação e transporte.

A ação foi coordenada pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD). 

O governador Wilson Lima participou da coletiva de imprensa realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e destacou a atuação da Segurança Pública nas investigações aos ataques ocorridos no Estado. 

Foram duas investigações que culminaram na movimentação financeira de criminosos que atuam nos dois Estados. Além dos dois cabeças da facção presos lá, aqui prendemos as pessoas que movimentavam essas empresas de fachada para financiar o tráfico de droga e a compra de armas. É uma operação significativa” declarou Wilson Lima, governador do Amazonas

O secretário de Segurança, coronel  Louismar Bonates destacou que nesta operação, além das cinco prisões no Amazonas, foram presas oito pessoas no Rio de Janeiro e duas em São Paulo. Um dos alvos da investigação é o traficante Kaio Wellington Cardoso dos Santos, o “Mano Kaio”, um dos líderes da facção que ainda não foi localizado. 

“As polícias permanecem em incursão em busca desse alvo. Essa é mais uma das ações que estamos deflagrando em repressão ao crime organizado. A operação Mãos de Ferro iniciada após os ataques totaliza 82 prisões na capital e interior. Essa é a resposta que temos dado a população”, destacou Bonates. 

  O delegado Gabriel Poiava da DGCOR-LD destacou que a investigação deflagrada no Rio de Janeiro já dura cerca de um ano e meio e constatou a movimentação de valores entre RJ e AM de pelo menos R$ 126 milhões.  

“Aqui em Manaus eram sete mandados de prisão e desses conseguimos cumprir cinco, além desses a investigação prendeu duas pessoas em São Paulo e as demais no Rio de Janeiro. No Amazonas foram 17 mandados de busca e apreensão de pessoas que fazem parte do esquema de lavagem do tráfico do Rio de Janeiro. As empresas de fachadas na grande maioria eram aqui no Amazonas e também foi identificada a prestação de serviços desses criminosos para a facção de São Paulo, Primeiro Comando da Capital (PCC) que era gerido pelas mesmas pessoas”, informou o delegado. 

Gabriel Poiava destacou que foram apreendidos mais de meio milhão de reais em carro de luxo, dinheiro em espécie e aparelhos celulares. 

“Para cumprir esses mandados no Rio de Janeiro atuamos com mais de 400 homens dentro do Complexo da Penha com helicópteros e blindados. Aqui no Amazonas foram 60 policiais e 30 no Estado de SP”, concluiu. 

Fonte: Em Tempo

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