POLÍTICA
Omar tem nova derrota na CPI, após ministro negar quebra de sigilo
O senador Omar Aziz (PSD-AM) perdeu mais um round na disputa para tentar constranger lideranças do Amazonas. Nesta quinta-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luis Roberto Barroso concedeu liminar para impedir a quebra do sigilo telemático, fiscal e telefônico da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Yara Lins e da filha dela, Teresa Raquel Rodrigues Baima Rabelo.
A decisão foi proferida na tarde desta quinta e constrange o senador pelo Amazonas que prometeu a quebra de sigilo após ser confrontado pelo deputado estadual Fausto Jr. (MDB-AM), em sessão da CPI da Covid no Senado Federal, na última terça-feira (29). Yara Lins é mãe de Fausto Jr.
Ao conceder a liminar, o ministro Barroso destacou: “Diante do exposto, defiro o pedido liminar, para impedir a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático das impetrantes, conforme pretendida nos Requerimentos nº 1.005 e 1.020, apresentados à CPI da Pandemia do Senado Federal em 29.06.2021, até o exame de mérito deste writ. Notifique-se a autoridade impetrada para, querendo, prestar informações”, consta na decisão.
Discussão
Durante audiência na CPI, Fausto Jr. afirmou que o presidente da Comissão, Omar Aziz, deveria também ter sido indiciado, por possíveis crimes praticados durante a sua gestão como governador do Amazonas, no início da década. No discurso, ele relembrou que mais líderes do Estado também deveriam ter sido nominados na CPI da Saúde, realizada na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) em 2020.
“Todos os governadores investigados pela CPI mereciam ser indiciados. Eu propus isso na comissão e não foi aceito. O certo era pra ser indiciado inclusive o ex-governador Omar Aziz, pela gestão dele na saúde, não somente o governador Wilson Lima, todos têm participação”, disse Fausto na terça-feira.
Fonte: D24am