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POLÍTICA

Amazonas tem segurança ‘calamitosa’, diz Folha de São Paulo

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O governo Wilson Lima é, mais uma vez, destaque negativo na imprensa nacional. Após o caos na saúde do Estado e escândalos que motivaram operações da Polícia Federal, o Governo do Amazonas é criticado por causa da política de segurança pública que, segundo editorial do jornal Folha de S. Paulo, tem apresentado resultados “calamitosos”.

Wilson Lima parece estar satisfeito com estes resultado, uma vez que Louismar Bonates comanda a Secretaria de Segurança Pública (SSP) desde o início de seu mandato.

Para a Folha de S. Paulo, há problemas na segurança do Estado que colocam o Amazonas em uma situação desoladora. “Apesar do cenário desolador, o governador Wilson Lima não dá sinais de que mudará de rumo. O Amazonas está refém, pois, de uma nefasta união de ideologia e corporativismo que resulta em péssima política pública”.

Em seu editorial, o jornal paulista cita a onda de crimes que deixou Manaus e demais cidades amazonenses reféns do crime organizado, além do recente escândalo envolvendo secretário-executivo da SSP.

“No início do mês, o secretário-executivo de Inteligência, o delegado da Polícia Civil Samir Freire, foi preso por rastrear e se apropriar de ouro de garimpo usando a máquina pública. Segundo investigações, ele e sua equipe monitoravam as vítimas com o Guardião, equipamento sofisticado que grava conversas telefônicas. (…) Enquanto isso, a população amazonense não deixa de padecer com a ousadia do crime organizado. Em junho, numa inédita demonstração de força, o Comando Vermelho incendiou e depredou ônibus, prédios públicos e viaturas em Manaus e em outras cidades”.

Outro trecho do texto da Folha destaca as chacinas ocorridas no Amazonas.

“Em dois anos e meio, a Polícia Militar amazonense já protagonizou três chacinas. A primeira delas, ocorrida em 2019 em Manaus, deixou um saldo de 17 mortos —na operação mais letal de sua história. Na segunda, em agosto de 2020, perto da cidade de Nova Olinda do Norte, registraram-se cinco mortos e três desaparecidos, em reação à morte de dois policiais. A truculência levou a Justiça Federal a determinar que a União adotasse medidas para proteger ribeirinhos e indígenas da ação dos agentes. A mais recente matança aconteceu na cidade fronteiriça de Tabatinga, em junho, também após o assassinato de um policial. Familiares e testemunhas acusam a PM de ter matado seis jovens, dos quais três foram encontrados no lixão da cidade com sinais de tortura”.

O texto editorial ainda analisa o próprio governador, tachado de político sem experiência. “Neófito na política e à frente do estado graças à popularidade como apresentador de um programa de TV policialesco, Wilson Lima (PSC) entregou as pastas de Segurança Pública e de Administração Penitenciária a coronéis da PM. Os resultados são calamitosos”.

Fonte: D24am

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