AMAZONAS
Vendas do varejo no AM caem pelo quarto mês consecutivo, aponta IBGE

Manaus (AM) – No Amazonas, enquanto o volume de vendas do comércio apresenta pequena variação no índice acumulado no ano (0,4%), na receita nominal de vendas, houve crescimento de 13,7%, em 2021, na comparação com 2020.
Os resultados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11) pelo IBGE, sinalizam, portanto, que enquanto a inflação pode influenciar na diminuição do volume de vendas, esta também colabora para que a receita nominal cresça ou mantenha-se estável.
Anderson Santos, da Supervisão de Disseminação de Informações do IBGE no Amazonas, explica que:
“o volume tem diminuído, mas os empresários tem aumentado o preço dos produtos para os clientes, o que acaba estabilizando ou aumentando a receita nominal de vendas do comércio. Isso é observado quando comparamos os resultados da variação acumulada do ano, com estabilidade no volume de vendas do Amazonas (0,4%), e crescimento na receita nominal do comércio varejista (13,7%).”
Anderson Santos, da Supervisão de Disseminação de Informações do IBGE no Amazonas
Volume do varejo
O comércio varejista no Amazonas recuou 0,6% em setembro, na comparação com o mês anterior, quarta queda consecutiva, após a maior alta do ano em março, quando cresceu 23,2%, em relação a fevereiro, período em que o Setor ainda vivia diversas restrições para conter o avanço da Covid-19.
No ano, o varejo acumula crescimento de 0,4% e nos últimos 12 meses, alta de 3,4%.
Os resultados do país mostram que o volume de vendas do comércio varejista recuou 1,3% em setembro, na comparação com o mês anterior (-4,3%). No ano, o varejo nacional acumula alta de 3,8% e nos últimos doze meses, crescimento de 3,9%.


Na comparação com agosto, o comércio varejista teve variações negativas em 25 das 27 unidades da federação em setembro com destaque para: Mato Grosso do Sul (-3,9%), Santa Catarina (-3,6%) e Rio Grande do Norte (-3,4%).
Já no comércio varejista ampliado, a variação negativa entre agosto e setembro (-1,1%), foi seguida por 23 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Mato Grosso do Sul (-4,7%), Tocantins (-4,0%) e Maranhão (-3,6%).
Receita nominal do varejo
A receita nominal do varejo, ao contrário do volume de vendas, registrou alta em setembro (0,3%), no Amazonas.
No país, por outro lado, houve leve queda no índice mensal de receita nominal de vendas (-0,2%).
No Amazonas, com a alta no índice da receita nominal de vendas, o Estado obteve crescimento de 3,0%, em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e também na variação acumulada no ano (13,7%) e na variação acumulada nos últimos 12 meses (15,3%).

Varejo ampliado
Em setembro, o volume de vendas do varejo ampliado, que inclui automóveis, peças e material de construção obteve resultado positivo (0,7%), em relação ao mês anterior, no Amazonas.
No entanto, houve queda (-10,9%), em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2020.
No país, a variação mês/mês anterior foi negativa (-1,1%), assim como na comparação entre setembro de 2021 e setembro de 2020 (-4,2%).
No acumulado no ano, a variação apresenta resultado positivo, no Amazonas, alcançando 2,5% de crescimento, no Amazonas; assim como a variação acumulada nos últimos 12 meses, com crescimento de 5,7%.

A alta do volume de vendas do comércio varejista ampliado do Amazonas, em setembro, na comparação com o mês anterior (0,7%) foi o quarto melhor resultado entre as unidades da federação.
Os piores desempenhos foram os do Mato Grosso do Sul (-4,7%), Tocantins (-4,0%) e Maranhão (-3,6%). E os melhores desempenhos, os de Pernambuco (3,0%), Ceará (1,3%) e Goiás (1,0%).
Estes três Estados e mais o Amazonas foram os únicos com resultados positivos no volume de vendas do varejo ampliado, no mês.
A variação percentual acumulada no ano (janeiro a setembro), de 2,5%, no entanto, coloca o comércio varejista ampliado do Amazonas na penúltima posição entre os avanços das outras unidades da federação.
Os piores desempenhos foram os do Distrito Federal (1,1%), Amazonas (2,5%) e Tocantins (3,4%). E os melhores desempenhos, os de Pernambuco (22,0%), Piauí (20,6%) e Rondônia (18,8%).
Receita do varejo ampliado
Em setembro, o volume da receita nominal de vendas do comércio varejista ampliado amazonense fechou em alta (0,1%), frente a agosto.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a variação foi de 1,7%. No acumulado do ano, o setor apresenta alta de 15,7%, e no acumulado dos últimos doze meses, o indicador avança 17,5%.

Mas, apesar da alta de 15,7% na variação acumulada do ano de receita nominal do varejo ampliado do Amazonas, o Estado obtém somente o terceiro menor crescimento entre as unidades da federação.
As três UFs com menores crescimentos registrados foram Tocantins (13,2%), Distrito Federal (15,5%) e Amazonas (15,7%).
E os melhores desempenhos foram os do Piauí (35,0%), Pernambuco (33,0%) e Espírito Santo (30,9%).

Fonte: EM TEMPO
