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Candidatos ‘fantasmas’ recebem R$ 5,8 milhões do fundo eleitoral

Levantamento revela que recurso foi destinado a 12 candidatas que efetivamente não fazem campanha.

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Pelo menos R$ 5,8 milhões do fundo eleitoral foram destinados a 12 candidaturas  consideradas “fantasmas”, aquelas que efetivamente não fazem campanha política, segundo levantamento publicado hoje pelo Estadão. 

Como forma de cumprir a cota de lançar ao menos 30% de candidaturas femininas – com direito a no mínimo 30% dos recursos -, os partidos apostam em candidatas que não apresentam viabilidade eleitoral, não usam as redes sociais, não distribuíram santinhos e algumas, inclusive, com histórico de votação pífia.

Em muitos casos, as candidatas “fantasmas” recebem mesmo patamar de recursos que os grandes puxadores de votos do Brasil. De acordo com apuração do jornal, há ainda casos suspeitos de contratação de serviços que nunca foram realizados.

Um dos casos que chamaram atenção é o de uma candidata a deputada federal pelo PROS no Amazonas, que recebeu R$ 3 milhões do fundo eleitoral. É a líder nacional em repasses do partido. Há quatro anos, ela obteve 41 votos e suas contas foram rejeitadas por ocultar gastos. Ela recebeu mais do que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tenta se reeleger gastando R$ 2 milhões, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), campeão nacional de votos na última disputa, com R$ 500 mil.

Entre as 12 candidaturas suspeitas está também a de Marlucia Oliveira (PP), de Rondônia, que ganhou R$ 2,2 milhões. Ela contratou uma empresa de marketing, mas não fez propaganda nas redes sociais. Questionada sobre como conseguiu tantos recursos, mesmo sendo estreante, disse que é “a queridinha do partido, mas não no sentido pejorativo”.

Já a candidata a deputado federal Adriana Mendonça recebeu do PROS R$ 3 milhões. Em 2018, ela conseguiu somente 41 votos para o cargo de deputado estadual. Este ano, a campanha dela se resume a 33 posts em duas páginas nas redes sociais. Na internet, ela defende a candidatura do ex-marido, que concorre ao governo do Amazonas pelo Podemos.

A reportagem identificou ainda que ela contratou uma empresa de marketing digital por R$ 750 mil. Os gastos chamaram a atenção dos demais candidatos do PROS no Estado e o Ministério Público e a Polícia Federal foram acionados para investigar o caso.

Hoje, a candidatura de Adriana está indeferida por registro fora do prazo e contas rejeitadas em 2018, já que ocultou gastos na Justiça Eleitoral. Ela recorreu e continua na disputa.

Fonte: Estadão

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