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Arte, erotismo e prazer: entenda como funciona uma festa fetichista

Produtor cultural e fundador do Projeto Luxúria, Heitor Werneck fala sobre o evento e o falso moralismo brasileiro.

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Você sabe o que é uma festa fetichista? Para quem curte a estética BDSM — com muito látex, couro, bondage… —, esse tipo de evento é a opção ideal para juntar diversão com o universo dos fetiches. Um dos principais exemplos em solo tupiniquim é o Projeto Luxúria.

Na noite de São Paulo há 16 anos, a festa mescla fetiches com arte em um evento que funciona como uma forma de expressão, aceitação e interação. De acordo com o fundador da marca e produtor cultural Heitor Werneck, ao contrário do que os outros pensam, a festa não tem conotação sexual, mas sim erótica.

“Não tem sexo ao vivo, por exemplo. Ele só acontece quando baseado em performances. É muito difícil acontecer a penetração diante do público. O interesse maior é o spanking, podolatria, shibari… É uma cena teatral, não uma performance sexual”, explica.

O Projeto Luxúria, que acontece mensalmente, leva sempre um tema diferente para contextualizar a decoração, a caracterização dos participantes e, claro, as intervenções artísticas. A próxima edição, que acontece no dia 8 deste mês, traz o tema Trem Fantasma. “Em homenagem ao Halloween, vamos fazer uma edição de contos de horror, para pensarmos em fadas e fodas e expurgar nossos monstros”, afirma.

São, seguro e consensual

Em meio às performances de todos os tipos que acontecem, uma regra é sempre priorizada: o famoso SSC do BDSM. Sigla para São, Saudável e Consensual, trata-se de um pacto levado muito a sério no meio fetichista para colocar limites e deixar todos os envolvidos confortáveis.

Contudo, o empresário afirma que ainda existe preconceito acerca do fetichismo. “A sociedade é hipócrita. Todos os dias, casais vivem relações de dominação e submissão, em que há abuso, violência. Mas quando veem algo BDSM acham ofensivo”, pontua.

Mesmo com o preconceito, Heitor garante que vai seguir levando a sexualidade e o fetichismo para o público. Ele sente que, aos poucos, o assunto ganha mais espaço. “Ainda há uma resistência, mas a Parada Gay, por exemplo, depois de 16 anos, passou a ter uma ala fetichista”, comemora.

Fonte: Metrópoles

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