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Novo Estudo Revela Redução de 15% na Área de Florestas Naturais no Brasil em 37 Anos

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De acordo com um levantamento recente conduzido pela rede MapBiomas, entre os anos de 1985 e 2022, o Brasil testemunhou uma preocupante redução de 15% na extensão de florestas naturais em seu território. A área ocupada por essas florestas diminuiu de 581,6 milhões de hectares para 494,1 milhões de hectares no período de 37 anos.

O principal fator que impulsionou a devastação foi a expansão da agropecuária, com os últimos cinco anos contribuindo significativamente para o aumento do desmatamento, responsáveis por 11% dos 87,6 milhões de hectares perdidos. Essas descobertas foram divulgadas na Coleção 8 do Mapeamento Anual da Cobertura e Uso da Terra no Brasil.

O estudo aponta que os biomas mais impactados por essa redução das florestas naturais foram a Amazônia, que viu desaparecer 13% de suas florestas, e o Cerrado, onde uma impressionante diminuição de 27% foi observada.

O mapeamento realizado pelo MapBiomas considera vários tipos de cobertura arbórea, incluindo formações florestais, savanas, florestas alagáveis, mangues e restingas, que coletivamente abrangem 58% do território brasileiro. A Amazônia, com 78%, e a Caatinga, com 54%, destacaram-se como os biomas com a maior proporção de florestas naturais em 2022.

O estudo também revelou que cerca de dois terços da área devastada, equivalente a 58 milhões de hectares, consistiam em formações florestais, que são áreas com predomínio de espécies arbóreas e dossel contínuo, como as florestas predominantes na Amazônia e na Mata Atlântica. A redução das formações florestais foi de 14% ao longo dos 38 anos analisados. Notavelmente, o bioma Pampa foi a única exceção, mantendo-se estável ao longo do tempo.

De acordo com os cálculos do MapBiomas, quase a totalidade do desmatamento (95%) ocorreu como resultado da expansão da agropecuária, que engloba a conversão de florestas em pastagens e o uso dessas áreas para cultivo agrícola. As duas primeiras décadas do período analisado viram um aumento nas taxas de perda de florestas, seguido por um período de redução a partir de 2006.

Além disso, o estudo também se dedicou a monitorar as florestas alagáveis da Amazônia, que se formam nas proximidades de cursos d’água. No intervalo de quase quatro décadas, essas florestas perderam 430 mil hectares de sua extensão original, que ocupava 18,8 milhões de hectares ou 4,4% do bioma em 2022.

Essas descobertas reforçam a necessidade urgente de ações para conter o desmatamento e promover a conservação das florestas naturais no Brasil, que desempenham um papel vital na mitigação das mudanças climáticas e na preservação da biodiversidade.

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