Estiagem nos rios do Amazonas pode superar recordes, alerta presidente do Sindarma

Na manhã de quarta-feira (31), o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), Galdino Alencar Júnior, fez um alerta sobre a possibilidade de uma estiagem igual ou mais rigorosa do que a registrada em 2023. Segundo Alencar, dados das transportadoras indicam que o nível dos rios nas principais bacias do estado está em média um metro mais baixo do que nos anos anteriores.

Durante uma reunião promovida pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação para discutir os efeitos e previsões de cheia e vazante para o Amazonas este ano, Alencar destacou a urgência de desenvolver propostas e planos para antecipar e evitar o desabastecimento de produtos nos municípios do interior e no Polo Industrial de Manaus (PIM), seguindo o exemplo do setor de combustíveis.

Ele explicou que há uma década as transportadoras, juntamente com as distribuidoras de combustível, executam o “Plano Verão”, formando estoques em regiões de maior demanda para evitar a escassez de produtos, mesmo em secas históricas como a de 2023.

Além disso, Alencar abordou os problemas de segurança pública que se intensificam durante a vazante. Com viagens que duram quase três vezes mais devido ao baixo calado dos rios, redução na carga transportada e proibição da navegação noturna em alguns trechos, os custos aumentam e facilitam a ação de piratas e quadrilhas que dominam os rios amazônicos.