MANAUS
Implantação do 5G em Manaus: Avanço Lento Preocupa Indústria e População
A conexão de rede 5G foi amplamente vendida como uma revolução para as indústrias da cidade de Manaus e para a população amazonense. Implantada entre o final de setembro e o início de outubro de 2022, a nova frequência de internet tem avançado a passos lentos.
A despeito das expectativas dos agentes econômicos, mais de um ano depois, o Polo Industrial de Manaus (PIM) ainda não recebeu a implantação da infraestrutura exclusiva do 5G. A empresa paranaense Ligga, antiga Copel Telecom, prometeu que em novembro de 2023 seriam instaladas estações rádio-base em postes de luz do Distrito Industrial, esperando cobrir pelo menos 400 empresas. O projeto conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
Segundo o mapa de antenas 5G da associação de operadoras Conexis, ainda não há antenas referentes à empresas instaladas no Distrito Industrial de Manaus. O painel de informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que detalha os projetos de implantação dos equipamentos de transmissão aponta que somente as operadoras Claro, TIM e Vivo apresentaram iniciativas de instalação de estações rádio-base para transmitir conexão 5G na capital.
Na lista de operadoras com projetos para o Estado do Amazonas também consta a Sercomtel, nome de uma das empresas que forma a Ligga, em conjunto com a Copel e a Nova Fibra. A Sercomtel possui projetos de implantação de estações rádio base de 5G, mas todos estão no interior do Estado e com previsão de instalação para dezembro de 2029.
Em nota enviada à reportagem, o presidente da Fieam, Antônio Silva, destacou que o projeto é extremamente positivo e necessário e que caminha ao encontro dos anseios da classe industrial local.
Para a indústria, a implantação da rede 5G está caminhando devagar. Mesmo com a capital concentrando quase a totalidade da cobertura, Manaus ainda sofre com lentidão e perdas de conexão. O industriário Saulo Maciel, especialista em modelos de negócios no Polo Industrial de Manaus, considera o avanço do 5G lento do ponto de vista do usuário de telefonia e internet móvel.
Fonte: A Crítica