Ministro da Justiça aborda desafios na captura de fugitivos em Mossoró

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, abordou os desafios enfrentados na busca pelos dois presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Apesar do emprego de cerca de 500 agentes de segurança e equipamentos modernos, a captura dos fugitivos ainda não tem prazo definido devido à complexidade do terreno e às chuvas que apagam rastros.

Lewandowski ressaltou as dificuldades da região, com vastas áreas de mata e cavernas, prejudicando o uso de detectores de calor. As investigações indicam que os fugitivos permanecem em um raio de 15 quilômetros da penitenciária.

Os fugitivos, identificados como Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, escaparam da penitenciária federal na última quarta-feira (14), sendo os primeiros detentos a fugirem de uma unidade considerada de segurança máxima desde sua criação em 2006.

O ministro confirmou falhas estruturais na penitenciária, incluindo a má conservação das instalações, evidenciada pelo uso de uma barra de ferro para escapar da cela, e a existência de uma construção mal administrada que possibilitou a fuga. Ele prometeu a construção de uma muralha em Mossoró, similar à da Penitenciária Federal da Papuda, no Distrito Federal, para reforçar a segurança das unidades federais.

Sobre as investigações, Lewandowski evitou dar prazo para conclusão, destacando a presunção de inocência e a necessidade de aguardar o término das apurações. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou a possibilidade de conivência na fuga, mas o ministro ressaltou que não é possível fazer acusações antes do encerramento das investigações.

Em relação a relatórios que alertaram sobre falhas no sistema de monitoramento desde 2021, Lewandowski afirmou que tais informações não chegaram a seu conhecimento a tempo de serem corrigidas antes da fuga, uma vez que assumiu o cargo há apenas 18 dias.