CPI da Braskem aprova plano de trabalho para investigar desastre ambiental em Maceió

Os senadores deram luz verde, na terça-feira (27), ao plano de trabalho da CPI da Braskem, que visa investigar o desastre ambiental em Maceió causado pela extração de sal-gema pela petroquímica. Sob a liderança do presidente Omar Aziz (PSD-AM), a comissão aprovou o plano proposto pelo relator Rogério Carvalho (PT-SE), abarcando todas as fases da investigação, incluindo solicitação de dados de órgãos reguladores e uma visita técnica ao local afetado.

O desastre, que resultou em danos irreparáveis e rachaduras em milhares de residências, motivou a criação da CPI em busca de responsabilização e reparação adequada. O plano de trabalho delineado pelo relator abrange três eixos principais: investigação das causas, dimensionamento dos passivos e responsabilização, e identificação de falhas na atuação dos órgãos de controle.

Uma nova reunião está agendada para hoje, quarta-feira (28), às 9h em Brasília, para a votação dos requerimentos de convocação. Omar Aziz assegurou que todas as etapas serão conduzidas de forma técnica, priorizando os interesses da sociedade sobre questões políticas.

A lista de convocados incluirá universidades, especialistas em gerenciamento de riscos, representantes governamentais, órgãos ambientais, tribunais de contas, entre outros. Entre as primeiras ações, o relator requisitou à ANM os processos administrativos relativos às outorgas para exploração em Maceió, além de ações emergenciais relacionadas ao caso.

Rogério Carvalho enfatizou a importância da investigação e ressaltou que não há culpabilidade pré-estabelecida na CPI, mas sim um compromisso em apresentar conclusões precisas à sociedade brasileira após uma investigação minuciosa.