Primeiro caso de febre oropouche é confirmado no Rio de Janeiro

Um homem de 42 anos, residente na zona sul do Rio de Janeiro, foi diagnosticado com febre oropouche, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ). Este é o primeiro registro da doença no estado, mas a pasta considera que se trata de um caso importado, pois o paciente tem histórico de viagem para o Amazonas.

O diagnóstico foi confirmado por meio de exame laboratorial realizado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e o paciente não precisou ser internado, apresentando boa evolução do quadro clínico.

A febre oropouche é causada por um arbovírus e não possui tratamento específico, sendo recomendado repouso e acompanhamento médico para aliviar os sintomas, que são semelhantes aos da dengue. A transmissão ocorre por outros mosquitos, como o Culicoides paraensis (maruim) e o Culex quinquefasciatus (pernilongo), sendo mais comum em ambientes úmidos e próximos a água e matéria orgânica.

Apesar de ser o primeiro caso no Rio de Janeiro, surtos da doença têm sido registrados na região amazônica desde os anos 1970. No Amazonas, onde houve aumento da transmissão em 2024, já foram confirmados 1.674 casos, superando o total do ano anterior. Outros surtos foram registrados no Acre e em Rondônia.

A Fiocruz alerta para a possibilidade de expansão da febre oropouche pelo país, embora, por enquanto, o caso no Rio seja considerado importado, sem evidências de circulação do vírus no estado.