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Ministro da Fazenda busca apoio do Vaticano para taxação de super-ricos em audiência com o Papa

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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embarcou para Roma na noite de segunda-feira (3), onde pretende angariar apoio substancial para a proposta brasileira de taxar os super-ricos. Sua agenda inclui uma audiência com o Papa Francisco nesta terça-feira (4), onde discutirá temas cruciais para a presidência do Brasil no G20, como a taxação de grandes fortunas e a crise climática.

O Brasil, atual presidente do G20, tem liderado esforços para propor uma taxação de até 2% sobre os rendimentos das maiores fortunas do mundo, visando combater a desigualdade social e os impactos das mudanças climáticas. Haddad apresentará os avanços dessa proposta ao Papa, juntamente com questões relacionadas à crise climática no Rio Grande do Sul e à dívida dos países do sul global.

Além da audiência com o Papa, o ministro participará da conferência “Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global”, organizada pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais. Esta conferência, ligada ao Vaticano, abordará questões cruciais sobre o endividamento dos países em desenvolvimento, um tema de grande preocupação para o Brasil.

Haddad também buscará coordenar posições entre Brasil e Vaticano para a Cúpula do G7, que ocorrerá em Fasano, Itália, de 13 a 15 de junho. A proposta de taxação dos super-ricos tem ganhado apoio de diversos países, incluindo a Espanha, que será tema de discussão em uma reunião bilateral entre Haddad e o Ministro da Economia espanhol, Carlos Cuerpo.

Embora a proposta tenha encontrado apoio de várias nações, os Estados Unidos ainda não a endossaram. No entanto, Haddad está otimista com o progresso e sugere que a medida possa ser incluída como recomendação nas reformas propostas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A crise da dívida em países pobres também estará em foco durante a estadia de Haddad em Roma. O ministro ressaltará o compromisso do Brasil em encontrar soluções para os desafios econômicos enfrentados por esses países, especialmente à luz dos impactos exacerbados pela pandemia de covid-19, conforme apontado pela Pontifícia Academia de Ciências Sociais e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

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