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NACIONAL

Reforma do Ensino Médio Avança no Senado e Desperta Expectativas

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A aprovação do substitutivo do Projeto de Lei 5.230/23 pela Comissão da Educação do Senado representa um passo significativo rumo a mudanças profundas no ensino médio brasileiro. O texto, que amplia a carga horária e introduz novos elementos curriculares, agora segue para votação no plenário, após sua passagem pela Câmara dos Deputados.

O substitutivo aprovado propõe a elevação da carga horária mínima para 2,4 mil horas de formação geral básica, distribuídas ao longo dos três anos do ensino médio, com a possibilidade de ampliação para até 1,4 mil horas em itinerários formativos. Estes incluem disciplinas e projetos escolhidos pelos estudantes, visando integrar áreas de conhecimento como linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

Uma das medidas mais controversas é a inclusão obrigatória da língua espanhola no currículo, ao lado do inglês, uma iniciativa elogiada por alguns especialistas, mas criticada por outros, que apontam para o possível impacto na carga horária dedicada a outras disciplinas fundamentais.

Para Catarina de Almeida Santos, da UnB, há avanços significativos, mas também desafios a serem superados, especialmente no que diz respeito à preparação dos professores e à infraestrutura das escolas. Ela destaca a necessidade de uma implementação cuidadosa para evitar que as mudanças afetem negativamente a qualidade do ensino.

Gabriel Corrêa, da ONG Todos pela Educação, ressalta que a próxima fase incluirá debates intensos sobre a eficácia das novas diretrizes, além de ajustes necessários na infraestrutura e no apoio aos professores.

A reforma também prevê a possibilidade de aulas ministradas por profissionais com notório saber em áreas específicas, uma medida que divide opiniões quanto à qualificação dos educadores.

Diante das perspectivas de implementação, tanto governo quanto sociedade civil terão que trabalhar em conjunto para assegurar que as mudanças propostas resultem em um ensino médio mais completo, atrativo e equitativo para todos os estudantes brasileiros.

Agora, o texto segue para votação no plenário do Senado e, posteriormente, para apreciação na Câmara dos Deputados, onde novos debates e ajustes são esperados antes da sua eventual promulgação como lei.

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