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INTERNACIONAL

Partido de Extrema Direita Domina Primeiro Turno das Eleições Legislativas na França

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As urnas na França fecharam às 20h (15h, no horário de Brasília) deste domingo (30) e os votos para o primeiro turno das eleições legislativas antecipadas começaram a ser apurados. Projeções indicam que o partido de extrema-direita dominou o pleito, o que pode inviabilizar o governo do presidente Emmanuel Macron.

Segundo a imprensa francesa, o Reunião Nacional (RN) e seus aliados (34%) estão à frente da coalizão de esquerda do NFP (28,1%) e do campo presidencial (20,3%).

As eleições legislativas irão definir a nova composição da Assembleia Nacional, com 577 deputados, depois que o presidente Emmanuel Macron dissolveu a Assembleia Nacional em 9 de junho, logo após a vitória da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu – o Legislativo que reúne todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas. Com isso, as eleições antecipadas para o Parlamento francês foram convocadas com menos de três semanas.

Alta taxa de participação

Cerca de 49,5 milhões de pessoas estavam aptas a votar. A taxa de participação pode ficar perto dos 67%, o que corresponde a pouco mais de 33 milhões de eleitores, número que seria 20% superior ao das últimas eleições legislativas, em 2022.

A votação foi marcada às pressas, no primeiro fim de semana das férias de verão, e mais de 2,6 milhões de eleitores que tinham projetos de viagem registraram procurações para outras pessoas votarem por eles, um número quatro vezes maior do que há dois anos, segundo o Ministério do Interior francês.

Caso o partido de extrema-direita confirme nas urnas a vantagem contra a aliança de esquerda, em segundo lugar nas pesquisas, e o bloco de centro-direita, em terceiro, será a primeira vez em 80 anos que um partido antirrepublicano dirigirá a França.

Entretanto, o líder nacionalista Jordan Bardella, de 28 anos, disse que só aceitará o cargo de primeiro-ministro se o seu partido alcançar a maioria absoluta de 289 deputados eleitos na Assembleia Nacional.

Como funcionam as eleições

A França tem um sistema semipresidencialista, com um presidente e um primeiro-ministro. O presidente é escolhido em eleições diretas, que ocorrem em datas diferentes.

Já o primeiro-ministro é indicação do partido ou coalizão que conquistar mais votos, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente.

Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu.

O primeiro-ministro atual, Gabriel Attal, é aliado de Macron, mas, se as pesquisas se concretizarem, quem deve assumir o cargo é Bardella, o principal nome do partido de extrema-direita de Le Pen.

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