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Itamaraty Alerta Brasileiros na Venezuela em Meio a Protestos Eleitorais

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Na noite desta segunda-feira (29), o Itamaraty emitiu um alerta aos brasileiros na Venezuela, recomendando que evitem aglomerações e se mantenham informados sobre a segurança local através das mídias sociais da embaixada. A medida vem após protestos contra a vitória de Nicolás Maduro nas eleições de domingo.

“Em vista dos recentes acontecimentos na Venezuela, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que brasileiros e brasileiras residentes, em trânsito ou com viagem marcada no país acompanhem a página e as mídias sociais da Embaixada do Brasil em Caracas, mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e evitem aglomerações”, diz o comunicado.

A Embaixada do Brasil em Caracas assegurou que está monitorando a situação e informou que em casos de emergência, os brasileiros devem acionar o plantão consular pelo número +58 414-3723337 (com WhatsApp) ou o plantão consular geral do Itamaraty pelo número +55 (61) 98260-0610.

Na madrugada de segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, controlado pelo chavismo, anunciou que Maduro venceu as eleições. A oposição e alguns líderes regionais contestaram rapidamente o resultado. Poucas horas depois, Maduro foi proclamado presidente eleito para um terceiro mandato pelo CNE, que declarou a vitória como “irreversível”.

O governo Lula, que mantém laços históricos com o chavismo, pediu que o CNE divulgue informações detalhadas das mesas de votação, sem parabenizar Maduro. Em nota, o Itamaraty solicitou a publicação de “dados desagregados por mesa de votação”.

Na tarde de segunda-feira, o assessor internacional do presidente Lula, embaixador Celso Amorim, reuniu-se com Maduro. Interlocutores afirmam que Amorim pediu a publicação das atas de votação, ao que Maduro justificou a ausência dos dados alegando um ataque hacker, prometendo divulgá-los nos próximos dias.

O chanceler da Venezuela, Yván Gil, publicou um comunicado determinando que os governos de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai retirem seus representantes diplomáticos do país, acusando-os de subordinação aos Estados Unidos e de ingerência em assuntos internos venezuelanos.

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Mantido por Jhony Souza