Manauara morre após abusos do esposo; família busca justiça e guarda das filhas

Em uma tragédia que abalou a cidade de Florianópolis, a manauara Juliana Simões, que se mudou para a capital catarinense em 2023 em busca de uma vida melhor, morreu vítima de maus-tratos por parte de seu esposo. O caso de violência doméstica foi revelado após uma de suas filhas, ainda criança, relatar ao avô os abusos que Juliana sofria dentro de casa.

Mudança para Florianópolis e os Abusos

Juliana Simões se mudou de Manaus para Florianópolis em 2023, buscando recomeçar sua vida. No entanto, a nova etapa em sua vida foi marcada por sofrimento e violência. De acordo com informações da família, Juliana foi vítima de agressões físicas e psicológicas constantes por parte de seu companheiro. A violência, que durava meses, só foi trazida à tona quando uma de suas filhas, em um momento de coragem, confidenciou ao avô sobre os abusos que a mãe sofria.

“Ela contou tudo para o avô, que imediatamente procurou ajuda”, afirmou um familiar. A criança, que presenciava a violência dentro de casa, descreveu os episódios de agressões, que incluíam xingamentos, ameaças e até agressões físicas.

A Morte e a Repercussão do Caso

Infelizmente, os abusos não cessaram e culminaram na morte de Juliana, que não resistiu aos maus-tratos. A notícia de seu falecimento causou comoção entre familiares, amigos e a comunidade local, que se uniram para cobrar justiça e buscar soluções para o futuro das duas filhas de Juliana, que perderam a mãe de maneira trágica e traumática.

A Polícia Civil de Florianópolis foi acionada e iniciou as investigações sobre o caso. Até o momento, o esposo de Juliana, cujo nome não foi divulgado pela polícia, é o principal suspeito de feminicídio, sendo investigado pelas autoridades por sua envolvimento direto na morte da mulher. O corpo de Juliana foi encaminhado para perícia, e a investigação continua em andamento.

Busca por Justiça e Guarda das Filhas

Agora, a família de Juliana luta não apenas pela justiça pela morte dela, mas também pela guarda das netas. As crianças, que presenciaram os abusos, estão sob a guarda de parentes, que se preocupam com o impacto psicológico do trauma vivido pelas meninas.

A luta da família é por garantir que as meninas cresçam em um ambiente seguro e livre de violência. “Queremos que as meninas fiquem com quem realmente ama e se preocupa com elas, longe da dor que elas passaram”, afirmou um familiar da vítima.

O Papel das Autoridades e Movimentos Sociais

O caso, que ganhou destaque nas redes sociais e na mídia local, também está sendo acompanhado por organizações de direitos humanos e movimentos sociais que lutam pelo fim da violência doméstica. Segundo especialistas, o relato da filha de Juliana é um exemplo da importância de se falar sobre os abusos, e destaca a necessidade de maior apoio e proteção para vítimas de violência doméstica.

“A violência doméstica é um problema grave que atinge milhões de mulheres em todo o Brasil. Precisamos de mais políticas públicas eficazes para prevenir esses casos e proteger as vítimas antes que seja tarde demais”, afirmou Maria Souza, integrante de uma organização de apoio às mulheres em Florianópolis.

A Violência contra a Mulher no Brasil

De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou, em 2023, um feminicídio a cada seis horas, o que evidencia o alarmante crescimento da violência contra mulheres no país. Além disso, um levantamento do Instituto Datafolha mostrou que 1 em cada 4 mulheres sofreu algum tipo de violência no Brasil. O caso de Juliana Simões reforça a necessidade urgente de ações mais eficazes para combater a violência de gênero.

A Busca por Justiça

O caso de Juliana Simões é mais um trágico exemplo da violência doméstica que continua a assolar o Brasil. A família, agora enlutada pela perda irreparável, espera que a justiça seja feita e que o responsável pela morte de Juliana seja punido com todo o rigor da lei.

Enquanto isso, a comunidade de Florianópolis segue se mobilizando para apoiar as netas de Juliana e garantir que o legado de sua vida não seja esquecido. O caso permanece sob investigação, e novas atualizações devem ser divulgadas à medida que as autoridades avançam na apuração.

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