AMAZONAS
Número de brasileiros com miopia deve aumentar 84,8%, aponta estudo da OMS
Um estudo da Chinese University of Hong Kong publicado no ano passado aponta que a incidência de casos de miopia entre crianças de 6 e 8 anos mais que duplicou, passando de 11,6% para 29,6% no comparativo entre 2021 e 2022.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) projeta que em 20 anos, o número de brasileiros com alta miopia deve aumentar 84,8%, saltando de 6.6 milhões para 12.2 milhões. Já o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) informa que a miopia pode ser causada por motivos genéticos, fatores ambientais e devido a uma maior exigência da visão para perto.
A química Sâmara Regina, 37 anos, mãe da pequena Sarah Santana, 7 anos, relatou que o diagnóstico de miopia da filha veio após a professora da menina informar aos pais a dificuldade em copiar o que estava escrito no quadro.
“Eu já me alertava para isso porque o pai dela tem miopia. Ela começou com 0,5 graus. A médica recomendou que após seis meses novos exames fossem feitos e agora aumentou para 1,0 grau de miopia em cada olho”, declarou. O uso de óculos não foi problema. “Ela até prefere”, complementou.
Outro dado alarmante evidenciado em pesquisas científicas da área médica apontam que a explosão de casos de miopia em crianças veio durante e após o período de confinamento provocado pela Covid-19. O isolamento social e a necessidade de entreter as crianças fez os pais entregarem nas mãos dos pequenos dispositivos eletrônicos para assistirem vídeos em plataformas digitais.
A exposição excessiva de crianças em frente a aparelhos eletrônicos como tablets, computadores e celulares é prejudicial à saúde dos olhos e está diretamente ligada à explosão de casos de miopia em crianças. O alerta é do médico e professor de Oftalmologia, Raphael Pereira. “Estamos vivendo, atualmente, uma pandemia de casos de miopia em crianças e adolescentes em virtude do uso excessivo de dispositivos eletrônicos”, disse.
O diagnóstico de miopia é feito pelo médico oftalmologista. O CBO reitera que doença deve ser suspeitada sempre que houver dificuldade para visão de longe. Segundo o conselho, um jeito prático de testar a acuidade visual é apontar para textos equidistantes e avaliar se o paciente tem a mesma percepção visual.
Fonte: Acritica