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Esquema fraudulento: Empresas controladas por jovens lucram milhões em contratos com o Exército

Publicado

Foto: Pedro Vitorino

Empresas registradas em nome de jovens de 20 e 21 anos, residentes no Rio de Janeiro e Santa Catarina, garantiram contratos de pelo menos R$ 18,2 milhões com o Exército Brasileiro no último ano. No entanto, uma investigação do Metrópoles revelou que essas empresas são, na realidade, controladas por um empresário e um contador, ambos alvos de investigações da Polícia Federal por fraudes em licitações em outros órgãos públicos.

Suspeitas pairam sobre 157 licitações da corporação, onde empresas supostamente independentes garantiram contratos para fornecer equipamentos militares. Um ex-sócio, que optou pelo anonimato, confessou à Justiça o uso de laranjas com o contador dessas empresas. Segundo ele, essas empresas são criadas para participar de licitações do Exército, buscando contratos ou simulando concorrência para encobrir outras empresas, falsificando um ambiente de competição.

O contador responsável por abrir essas empresas, Luiz Romildo Mello, é uma figura central nesse esquema. Já alvo da Operação Mobília de Ouro por investigações de fraude em licitações na Secretaria da Educação do DF, Romildo possui um histórico de investigações e pelo menos uma condenação por abertura de empresas em nome de laranjas.

Quatro empresas, todas premiadas com contratos do Exército entre 2022 e 2023, têm ligações diretas com Romildo. Algumas compartilham endereço com seu escritório de contabilidade, enquanto outras têm o contador como sócio ou incluem o nome dele no “nome fantasia”. Os jovens registrados como sócios dessas empresas não foram encontrados para comentar as acusações.

Este esquema suscita sérias questões sobre a transparência e integridade dos processos licitatórios que envolvem o Exército Brasileiro.

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