Prisão em Betim por suspeita de venda de bebida adulterada

Em meio à investigação sobre a possível intoxicação de dez pessoas por consumo de bebida alcoólica adulterada em Betim, a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu um homem de 58 anos por suspeita de comercializar bebida “falsificada, corrompida e adulterada” no município, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na semana passada, dez pessoas foram hospitalizadas na cidade com suspeita de intoxicação, resultando em duas mortes. A bebida alcoólica suspeita não tinha identificação de procedência, e a causa oficial das mortes ainda não foi confirmada.

Paralelamente às investigações das autoridades de saúde, a Delegacia Regional de Polícia Civil de Betim realizou uma operação em estabelecimentos comerciais locais, encontrando 35 garrafas de uísque com indícios de adulteração, lacres violados e embalagens falsificadas.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito não pôde comprovar a aquisição lícita dos produtos nem determinar com precisão a pessoa ou empresa fornecedora das bebidas. A identidade dele não foi revelada.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) acompanha a investigação epidemiológica junto ao município, enquanto a prefeitura de Betim notificou ao estado dez casos suspeitos de intoxicação, com dois falecimentos e outros pacientes sob cuidados médicos variados.

A investigação sobre as bebidas adulteradas continua, com amostras encaminhadas para análise laboratorial na Fundação Ezequiel Dias (Funed). O caso não parece estar relacionado com o episódio envolvendo a Cervejaria Backer em 2020, que resultou em mortes após a ingestão de cervejas contaminadas com substâncias tóxicas.

O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou não existir, inicialmente, relação entre os dois casos, ressaltando a necessidade de investigações detalhadas para esclarecer o que vem ocorrendo.