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Lula publica decreto que muda regras sobre traslado de corpos após morte de Juliana Marins

Presidente já havia anunciado na quinta que irá revogar norma de 2017

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Foto: Montagem: Reprodução/Instagram e Claudio Kbene/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou um decreto para mudar as regras que antes impediam o governo federal de custear o traslado de corpos de brasileiros que morreram no exterior.

A nova lei diz que casos de dificuldades financeiras ou mortes que causam comoção são exceções e podem receber custeio do Ministério das Relações Exteriores para que o corpo volte ao Brasil.

A alteração foi anunciada na quinta-feira, 26, e publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 27. No texto, são definidas como exceções as seguintes situações:

  • A família comprovar incapacidade financeira para o custeio das despesas com o traslado;
  • As despesas com o traslado não estiverem cobertas por seguro contratado pelo morto ou em favor dele, ou previstas em contrato de trabalho se o deslocamento para o exterior tiver ocorrido a serviço;
  • O falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção; e
  • Houver disponibilidade orçamentária e financeira.

O Ministério das Relações Exteriores será o responsável por definir a concessão e execução do traslado, segundo o decreto alterado.

A mudança acontece após a morte da brasileira de Niterói (RJ) Juliana Marins, que caiu de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O local é considerado o segundo maior vulcão do país, e recebe milhares de turistas todos os anos. Ela passou quase quatro dias dentro do vulcão até o corpo ser resgatado na quarta-feira, 25.

Ainda não se sabe se o traslado do corpo da jovem será custeado pelo governo federal.

O presidente Lula já havia adiantado, na quinta-feira, 26, que faria a mudança no decreto. Lula afirmou ter descoberto um decreto de 2017 que impede que o Itamaraty custeie o transporte de corpos para o país.

Lula também contou ter falado por telefone com a família de Juliana Marins. “Eu disse para ele [pai de Juliana] que eu sei que não existe nada pior do que um pai ou a mãe perdeu um filho. (…) É um sofrimento que não tem cura. Eu falei para o seu Manoel, a gente vai ajudar no seu sofrimento, resgatando a sua filha e trazendo. Vamos cuidar de todos os brasileiros, estejam eles onde estiverem”, afirmou o presidente.

Fonte: Redação Terra

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