Estamos nas Redes

AMAZONAS

Morador do Centro de Manaus resiste à subida do Rio Negro: ‘A gente não sabe o que fazer’

Publicado

Autônomo mora na Rua Frei José dos Inocentes e é o único que continua no local. Neste domingo (23), Rio Negro alcançou a marca de 29,87 metros, ficando a 10 cm da cheia histórica de 2012.

O autônomo Ronni Nascimento, de 43 anos, é um dos poucos moradores que resistem à subida das águas do Rio Negro , no Centro de Manaus. As outras casas mais próximas ao rio já foram todas desocupadas e ele, que mora há 17 anos no local, teme ser o próximo a ter que deixar tudo para trás.

O nível do rio, neste domingo (23), alcança a marca de 29,87 metros, a poucos centímetros da cheia recorde de 2012. E quem vive a realidade de perto e já passou pelo mesmo problema em anos anteriores, sabe que as águas estão longe de retroceder.

Ao G1, Ronni contou que a casa é alugada e, com a pandemia, as reservas ficaram no vermelho, o que impossibilita a família sair e procurar outro local para morar.

“Eu moro aqui de aluguel, a casa não é minha. E ir para outro canto fica complicado, eu trabalho no Centro e veio a pandemia e eu tive que parar. Fiquei três meses parado. Esse ano também. E aí vai acumulando as contas, as coisas se complicando”.

“Tá subindo e a tendência é subir ainda mais. Ela [a cheia] ainda não igualou a de 2012. A previsão é que suba até o dia 15, dia 20 de junho. Daqui de onde eu moro para a frente todos tiveram que sair, as casas alagaram tudo”.

Com o fenômeno, o autônomo também teme pela saúde e segurança dos filhos, que são pequenos. Segundo ele, em anos anteriores, animais peçonhentos como cobras e até jacarés foram encontrados nas redondezas, o que acende um sinal de alerta novamente.

Ele também falou sobre a falta de ajuda da Defesa Civil. De acordo com Ronni, ele mesmo comprou os pallets para fazer pontes que garantissem o acesso da família em segurança à casa.

“A Defesa Civil veio, mas não fez nada por nós. Tivemos que comprar os pallets e colocar se não quiséssemos ficar pisando na água. E agora já tem até que comprar mais, porque a água continua subindo. É uma situação complicada, finalizou”.

Fonte: G1

Continue Lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Copyright © 2023 Portal Correio Amazonense. Todos os direitos reservados.

Mantido por Jhony Souza