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AMAZONAS

Dia dos professores: os desafios da profissão mais antiga do mundo

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Data é celebrada em meio à recente retomada do ensino presencial, após interrupções, paralisações e mudanças no sistema de ensino motivado pela covid-19.

MANAUS (AM) – Semeador e incentivador das demais profissões, o professor tem enfrentado dificuldades em lidar com as mudanças causadas por conta da pandemia da covid-19. No entanto, como mestre, tem se mostrado um perfeito orientador seja presencial ou a distância, o ensino é levado a todos.

O Dia do Professor, comemorado nesta sexta-feira (15), ocorre em meio à recente retomada do ensino presencial, após interrupções, paralisações e mudanças no sistema de ensino motivado pela pandemia.

Estes profissionais usaram várias estratégias criativas para darem em andamento à Educação, em meio ao caos sanitário que atingiu o país e o mundo. E mesmo enfrentando problemas crônicos, a profissão segue inspirando milhões de pessoas.

A professora de artes Elizabeth Queiroz, de 29 anos, ainda era criança quando passou a sonhar em se tornar docente. “Desde a infância, eu já sabia que queria ser professora, eu sempre brincava de escolinha com minha irmã e meus primos, então, nunca tive dúvidas sobre o que queria fazer na minha vida profissional”.

Elizabeth ministra aulas de artes
Elizabeth ministra aulas de artes | Foto: Divulgação

Após março de 2020, o “abalo sísmico” na rotina da população de todo o planeta, provocado pela pandemia da covid-19, mudou completamente o sistema de ensino que passou à modalidade remota. Para Elizabeth, lecionar à distância foi especialmente desafiador. “Mesmo que a escola tenha sido extremamente organizada em relação aos horários, a busca ativa e a impressão das atividades para os alunos que não tinham acesso à internet nos exigia muito”

“Além disso, eu ficava muito abalada quando os alunos diziam que não tinham feito as atividades, porque tinham acabado de perder alguém e que não tinham condições psicológicas para nada. Foi tenso, nós tínhamos que ser fortes para ajudá-los a passar por esse momento de isolamento e perdas”

Segundo a professora, ela mantém uma relação de muito respeito com os seus alunos. “Procuro fazer com que a aula seja envolvente, prazerosa, divertida e motivadora. Sempre digo a eles que amo ser professora, então, busco a todo momento estimular cada um dentro de suas possibilidades, respeitando o momento de cada aluno”, comentou a professora.

Professor desde os 22 anos

Professor de química há mais de sete anos, André Pontes, 29, comenta que decidiu virar professor ainda no ensino médio, quando recebeu a dica de sua então professora. A partir dali, iniciava o seu caminho para se tornar um educador. 

“Lembro que um dia uma professora de Química me disse que eu seria um bom professor, desde então comecei a enxergar a ideia como uma possibilidade real de futuro e foi quando decidi seguir essa missão de educador. Desde minha formação em Licenciatura em Química, quando comecei a atuar, até o mestrado, nunca parei de ministrar aula”, afirmou.

Como lida com alunos do ensino médio e superior, a experiência do ensino remoto para André foi um pouco menos árdua em relação à experiência da professora Elizabeth, por exemplo.  

O professor de química durante aula remota
O professor de química durante aula remota | Foto: Divulgação

“As tendências educacionais caminhavam para o ensino remoto, para a disponibilidade e universalização do EAD, porém a pandemia acelerou ainda mais o processo, não tive dificuldades para adequação, pois sempre fui antenado em tecnologia e como poderia nos auxiliar na educação, é uma grande aliada se usada de forma correta e com cautela”, destaca.

O professor explica que o principal desafio enfrentado por ele, atualmente, é lidar com alunos tão diferentes. “Acredito que o maior desafio hoje da profissão é conseguir ser um multiprofissional, dar atenção a todos e principalmente aqueles que mais necessitam, atuar com público diverso e plural é o nosso desafio atual”.

André Pontes dá aulas para alunos do ensino médio e superior
André Pontes dá aulas para alunos do ensino médio e superior | Foto: Divulgação

“Sem os professores ninguém seria nada”

A adolescente Letícia Costa, 14, deseja ser veterinária quando se tornar adulta, mas destaca o respeito e reconhecimento que nutre pelos educadores. 

“Sou neta e filha de professoras, então se tem algo que eu respeito é a figura dessas pessoas que dedicam as suas vidas para nos transmitirem aprendizado. O meu grande sonho é ser veterinária, e sem os professores, como poderei ser uma boa profissional? Isso é impossível, acho ridículo os alunos que não respeitam os docentes”.

A estudante Nathália Oliveira, 17, relata que também nutre o sentimento de gratidão por seus professores. “Não há como não ser grato com quem nos ajuda a entender e conhecer o mundo em que vivemos. Sou até suspeita para falar, pois também desejo ser professora de Português, inclusive, acho que essa profissão deveria ser mais valorizada por toda a sociedade”, comentou.

Fonte: EM tempo

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